Cortes e Recortes

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20 de abril de 2012


O negócio das portagens.
Roubo que alastra. Eles comem tudo e não deixam nada






«Nação valente e imortal»

Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos.
Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade. O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles. Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito. Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver
- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.
As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.
Vale e Azevedo para os Jerónimos, já!
Loureiro para o Panteão já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!
Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha.
Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.
Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos. Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar. Abaixo o Bem-Estar.
Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval.
Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.
Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.

António Lobo Antunes
in Revista Visão
05.04.2012





10 de abril de 2012


Guantanamo - Mais uma vergonha dos Estados Unidos


Texto retirado de uma crónica de Miguel Fernández Martínez, publicada por Argenpress

O presidente George W. Bush, levou à superlotação da prisão de Guantanamo com mais de 800 prisioneiros de 42 países, acusados ​​de pertencer à organização terrorista Al Qaeda e grupos extremistas do Talibã.

Ainda se mantém num limbo legal o destino de 171 prisioneiros, que foram privados de todas as opções legais para defender seus direitos, violados impunemente, pelos Estados Unidos.

É uma mancha na carreira política, a promessa não cumprida pelo presidente Barack Obama para fechar a prisão militar de Guantánamo, que seduziu milhões de eleitores em 2008.

Muitas vozes clamaram nos últimos 10 anos, pelo fim do inferno de Guantanamo. Inúmeros relatos confirmaram que nesta prisão são submetidos a tortura prisioneiros e são violados os direitos humanos na celas solitárias. As evidências acumuladas contra os procedimentos utilizados pelos carcereiros americanos são impressionantes.

Relatórios da Cruz Vermelha Internacional e documentos obtidos do Federal Bureau of Investigation, mostram o uso de técnicas de tortura, com base na coerção física e psicológica.

Há casos, também conhecidos, de presos forçados a viver em regime de incomunicabilidade sob custódia secreta por vários anos.

Foram relatados casos de alimentação forçada de prisioneiros em greve da fome e interrogatórios realizados após períodos em condições extremas de temperatura, luminosidade e ruído, e com tortura provocando a dor para obter uma confissão.

Exige-se que a CIDH (Comissão Inter-americana de Direitos Humanos) para além das medidas que toma para libertar esses homens privados dos seus direitos, tente que os Estados Unidos se sentem no banco dos réus, uma vez que o mundo espera justiça.
1 de abril de 2012


O povo reage e condena o Governo em defesa do Poder Local Democrático conquistado no 25 de Abril 


31 de março de 2012


Esta política não serve






Para pior já basta assim






25 de março de 2012


O ensino universitário da Universidade de Harvard e muitas outras



O Professor Universitário cubano e Economista Osvaldo Martinez, numa recente Conferencia proferida no Centro de Investigações da Economia Mundial, comentou uma notícia pouco divulgada. No dia 2 de Novembro passado, um grupo de estudantes retirou-se em bloco da Cátedra de Introdução à Economia da Universidade de Harvard, como protesto pelo conteúdo e abordagem a partir do qual se lecciona esta matéria. Em declaração conjunta enviada por carta mostraram a sua "Indignação pelo vazio intelectual e a corrupção moral de grande parte do mundo académico, cúmplices, por acção e omissão, da actual crise económica". 
O Professor citou alguns parágrafos, que referiam que "Um estudo académico legítimo da economia deve incluir uma discussão crítica das vantagens e dos defeitos dos diferentes modelos económicos"... "temos muito pouco acesso a aproximações económicas alternativas; não há qualquer justificação para a apresentação das teorias económicas de Adam Smith como algo mais fundamental ou básico que por exemplo a teoria keynesiana"... "o protesto [é] pela falta de discussão da teoria económica básica, e também para dar o nosso apoio a um movimento que está a mudar o discurso estadunidense sobre a injustiça económica: Ocupar Wall Street". 


Salienta o Professor que "Isto não se passou numa qualquer Universidade, aconteceu na Universidade de super elite, a que forma a elite empresarial e política norte-americana, a Universidade de Harvard". Na opinião do Professor isto mostra o abismo entre o que se ensina nessas universidades e o que na realidade está a ocorrer no mundo.



16 de março de 2012


Quem paga o salário de António Mexia? Será quem decidiu o seu valor?
O presidente da EDP recebeu de Salário mais de um milhão de euros num ano. 


10 de março de 2012
A Europa connosco
A Europa da solidariedade
Dois pesos e duas medidas
O Governo alemão anunciou hoje que resolveu vetar uma decisão judicial favorável à concessão do rendimento social de inserção a cidadãos de outros países da União Europeia, para impedir que haja imigração para os sistemas de prestações sociais. 

7 de março de 2012


DONA DO PINGO DOCE

Lucro da Jerónimo Martins 

cresce 21,1% em 2011


A Jerónimo Martins, dona das cadeias de supermercados Pingo Doce, obteve um lucro de 340 milhões de euros em 2011, o que representa um crescimento de 21,1% em relação a 2010, anunciou hoje a empresa.



3 de março de 2012
Decisão soberana!



Rajoy, enfrentou Angela Merkel e frisou, que a nova meta resulta de uma “decisão soberana de Espanha”, tomada independentemente da posição dos Governos da zona euro.

O anúncio foi feito por Rajoy, em Bruxelas, no dia em que os líderes de 25 países da União Europeia – incluindo Espanha – assinaram um pacto orçamental com regras de disciplina orçamental mais apertadas.
  
O anterior executivo, de José Rodrigues Zapatero, acordara com Bruxelas reduzir o défice para 4,4%, para atingir o objectivo de 3% no próximo ano. O novo executivo de Rajoy, fixou o valor de 5,8%. Afinal não tiveram medo da "Troika".

O nosso "patriótico" Governo PSD/CDS é "bom aluno", aceita tudo o que os seus "mestres" lhe impõem. 



21 de fevereiro de 2012


O que os Jornais não dizem


Do blog http://www.bitcoinrevolution.com.br retirei estes recortes sobre os quais faço o resumo que publico


Entre Março e Setembro de 2011 publiquei neste bogue vários textos que denunciavam o silêncio da "comunicação dita social" sobre o que se passava na Islândia. Pequeno país europeu que depois de ter sido vítima da especulação do capital financeiro se ergueu por vontade do povo que exigiu e conseguiu condenar e prender os banqueiros e os governantes corruptos. (clique aqui para ver) 

"A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita. Puniu os responsáveis pela crise financeira, mandando-os para a prisão. Começou a redigir uma nova Constituição feita pelo povo e para o povo. E hoje, graças à mobilização, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida".


Essa "revolta em 2008 foi silenciada na Europa pelo temor de que muitos a percebessem". 


"Segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do norte atlântico, fechará 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro. A tendência ao crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%". 


Diz o texto que "Este pequeno país do periférico ártico recusou salvar os bancos". Recusou-se a pagar as dívidas privadas dos bancos, e aplicou a justiça sobre aqueles que provocaram a crise. 





14 de fevereiro de 2012

Depois da Líbia a ameaça paira sobre a Síria



Da rede Voltaire retirei estas notas:


Desde o início dos eventos que pairam sobre a Síria duas interpretações que se têm opostas uma a outra: para o Ocidente e seus aliados do Golfo, o regime esmagou de forma sangrenta a revolução popular, enquanto que para a Síria e seus aliados do BRICS, o país é atacado por grupos armados vindos do exterior.


Para lançar luz sobre esses eventos, a Liga Árabe criou uma Missão de Observação composta de pessoas designadas por cada Estado-Membro (excepto Líbano, que se recusou a participar). Esta diversidade de especialistas constitui uma garantia contra a possível manipulação do resultado, seu número (mais 160) e a duração da sua missão (um mês) daria um quadro muito mais amplo daquele que estava disponível anteriormente. Até o momento, nenhuma outra parte pode reivindicar ter realizado um levantamento tão abrangente e meticuloso e, portanto, não pode pretender conhecer melhor a situação na Síria.


Por 4 votos contra 1 (Qatar) foi confirmada a versão do Governo da Síria


A Comissão Ministerial da Liga Árabe, responsável pela monitorização do Plano árabe e composto por cinco membros da Liga dos 22 (Argélia, Egipto, Oman, Qatar, Sudão) ratificou o relatório da missão de observadores por 4 votos contra 1 (o de Qatar) e decidiu prorrogar a missão por mais um mês.


O problema é que o relatório confirmou a versão do governo sírio e demoliu a do Ocidente e das monarquias do Golfo. Em particular, ele demonstra que não houve repressão letal contra manifestantes pacíficos e que todos os compromissos assumidos por Damasco têm sido escrupulosamente respeitados. Ele também valida o fato importante de que o país está nas garras de grupos armados, que são responsáveis pela morte de centenas de civis sírios e milhares entre os militares, bem como de centenas de actos de terrorismo e sabotagem.


O Qatar, único a votar contra, não quer a divulgação do relatório


Por esta razão, o Qatar agora pretende impedir a divulgação do relatório por qualquer meio. Na verdade, é uma verdadeira bomba que pode explodir nas suas mãos e contra o seu dispositivo de comunicação.


Qatar detém actualmente a Presidência da Liga, não porque chegou a sua vez, mas porque comprou o direito á Autoridade Palestina que teria sido o próximo na linha.


A presidência da Liga decidiu não divulgar o relatório da Missão de Observação, nem traduzi-lo, e nem mesmo colocar a versão original em árabe no seu site internet.


O risco contra o emirado Wahabita é enorme. Se por acaso o público ocidental tiver acesso ao relatório, será ao Qatar e aos seus proxies que se pedirão explicações em termos de deficiências democráticas e envolvimento no massacre de populações civis.


30 de Janeiro de 2012

O fascismo espreita e tenta a vingança


Fórum Mundial de Juízes divulga nota em apoio a Baltazar Garzón

Ao expressar sua solidariedade a Garzon, a nota do Fórum Mundial de Juízes afirma: "O magistrado, que é um dos pioneiros na aplicação do princípio da jurisdição universal e na luta judicial contra a impunidade nos casos de crimes de lesa humanidade cometidos pelas ditaduras que assolaram os países latino-americanos e que impuseram uma política regressiva em matéria de direitos sociais, poderá ser condenado penalmente e expulso da carreira judicial por haver cumprido segundo seu critério jurídico os deveres funcionais".




29 de janeiro de 2012

A Máfia protege-se

A "democracia da família" PS+PSD+CDS, mais uma vez chumbou as propostas de lei do PCP para o combate à corrupção e aos corruptos




27 de janeiro de 2012

Então se não falta legislação falta o quê?
Os corruptos continuam à solta.


PS+PSD+CDS chumbaram as propostas de lei do PCP para criminalizar a corrupção e os corruptos

10 de janeiro de 2012

Os sacrifícios de quem pede sacrifícios
  
Eduardo Catroga: remuneração anual de 639 mil euros.
45 mil euros por mês, que acumulará com uma pensão de mais de 9600 euros.


Para quê escrever o que já está escrito? Do blogue "Entre as brumas da memória" retirei o seguinte:

«Eduardo Catroga terá uma remuneração anual de quase 639 mil euros caso seja eleito presidente do Conselho Geral e de Supervisão eléctrica portuguesa na assembleia geral de 20 de Fevereiro. (…) O ordenado será de 45 mil euros por mês, que acumulará com uma pensão de mais de 9600 euros. (…) Sobre a pensão da Caixa Geral de Aposentações, Catroga frisou que descontou “40 anos para o sector privado e 20 para o sector público”.»

E a cereja em cima do bolo: «Quanto mais ganhar, maior é a receita do Estado com o pagamento dos meus impostos, e isso tem um efeito redistributivo para as políticas sociais.»

Repetindo que alguém escreveu ontem num outro contexto: isto já não é descaramento, é descarrilamento. E sobretudo uma afronta.
8 de janeiro de 2012


Os Direitos Humanos nos EUA

Continuando o relato, resumido, do Relatório sobre os Direitos Humanos nos EUA, publico hoje a sétima e última parte. Relembro que este relatório foi elaborado em 2008 e reporta-se na grande maioria dos casos a dados de 2007.

VII. Parte


Sobre as Violações dos Direitos Humanos dos EUA em outros Países

Os Estados Unidos têm um notório recorde de pisar a soberania e violar os direitos humanos noutras nações.


Neste blogue foi publicada uma lista, incompleta mas enorme, de intervenções dos EUA, em muitos países de todos os continentes do planeta. (ver aqui).


A recente invasão do Iraque produziu a maior tragédia de direitos humanos e o maior desastre humanitário do mundo moderno. Desde o início da invasão, em 2003, 660.000 iraquianos morreram, entre os quais 99% eram civis. Isso representa uma média diária de 450 pessoas mortas. De acordo com o jornal Los Angeles Times, o número de mortos civis no Iraque já passou de um milhão. Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que aproximadamente um milhão de iraquianos perderam suas moradias (em que metade eram crianças). Havia 75.000 crianças vivendo em campos de refugiados ou abrigos provisórios. Aproximadamente 760.000 menores não podiam ir à escola.
De acordo com reportagens da imprensa, guardas da empresa de vigilância privada Blackwater, ao serviço do Departamento de Estado norte-americano, assassinaram a tiro 17 cidadãos iraquianos sem razão alguma no dia 16 de setembro de 2007; posteriormente, esse departamento concedeu-lhes imunidade (The China Press, 31 de outubro de 2007). Uma investigação do governo do Iraque mostrou que guardas da Blackwater tinham assassinado 21 iraquianos e ferido outros 27 antes do mencionado incidente. 
Um relatório do Congresso dos Estados Unidos afirma que essa empresa esteve relacionada com quase 200 tiroteios no Iraque desde 2005, 84% dos quais foram indiscriminados. AP informou que em 23 de outubro de 2007 um helicóptero artilhado, tipo Apache, abriu fogo sobre um grupo de pessoas suspeitas de terem colocado minas perto das estradas nas proximidades de Samarra, no norte de Bagdá, causando a morte de pelo menos 11 pessoas, incluídos seis civis. (AP, Bagdá, 23 de outubro de 2007).
Comandantes do 1º Batalhão do 501º Regimento de Infantaria desenvolveram um programa de provocação para matar mais insurgentes no qual eram utilizadas armas como “isco”. Quando alguém se aproximava para pegá-las, os atiradores disparavam. Muitos civis iraquianos foram assassinados desta maneira (Los Angeles Times, 5 de outubro de 2007; The Washington Post, 24 de setembro de 2007).
Os soldados norte-americanos assassinaram muitos civis inocentes durante a guerra contra o terrorismo no Afeganistão. O jornal The Washington Post informou, no dia 3 de maio de 2007, que as tropas dos Estados Unidos teriam chegado a matar até 51 civis numa semana (Karzai Says Civilan Toll Is No Longer Acceptable, The Washington Post, 3 de maio de 2007). Um grupo de direitos humanos afegão disse num relatório que uma unidade da marinha norte-americana atirou indiscriminadamente contra transeuntes, passageiros de veículos privados e táxis ao longo de uma faixa de 10 milhas (16 quilómetros) de estrada na província de Nangahar, no dia 4 de março de 2007, matando 12 civis, incluídos uma criança e três idosos (New York Times, 15 de abril de 2007).
Os Estados Unidos têm muitas prisões secretas no mundo. Nelas, os prisioneiros são tratados de maneira desumana. “Prisão secreta” e “tortura de prisioneiros” passaram a ser sinónimos de “Estados Unidos”. Em maio de 2007, o repórter especial da ONU sobre a proteção dos direitos humanos na luta contra o terrorismo, disse, após sua visita aos Estados Unidos, que esse país já prendeu 700 pessoas no Afeganistão e outras 18.000 no Iraque por razões relacionadas com a luta contra o terrorismo. O repórter especial expressou sua preocupação pelas condições dos presos na Baía de Guantánamo e em outras instalações secretas de detenção, pela ausência de proteção da justiça e de acesso a julgamentos justos para os suspeitos de terrorismo. Também expressou sua desilusão pelo fato do governo dos Estados Unidos não ter permitido que visitasse Guantánamo e outros lugares secretos de detenção (Preliminary Findings on Visit to United States by Special Rapportuer on Human Rights and Counter-terrorism, 29 de maio de 2007, http:/www.unog.ch).
Além de Guantánamo, onde os prisioneiros têm sido submetidos a aterradoras torturas, os Estados Unidos também administravam instalações carcerárias secretas na Jordânia e na Etiópia, nas quais os detidos eram torturados e tratados com brutalidade. O jornal The Washington Post informou no dia 1º de dezembro de 2007, que desde o ano 2000 a Agência Central de Inteligência (CIA) vinha operando numa prisão secreta nos arredores de Amã, a capital da Jordânia, na qual muitos suspeitos de terrorismo de origem não jordaniana tinham sido presos e interrogados, sofrendo abusos severos (Jordan’s Spy Agency: Holding Cell for the CIA, The Washington Post, 1º de dezembro de 2007).
De acordo com reportagens da imprensa, a CIA deteve centenas de suspeitos de Al Qaeda num lugar secreto na Etiópia. Os detidos provinham de 19 países e incluíam mulheres e crianças, a menor das quais tinha sete meses. Eles foram deportados ilegalmente para a Etiópia, onde foram mantidos em horríveis condições nas prisões lotadas, com até 12 presos partilhando uma cela de três metros quadrados. A comida era escassa e os abusos e torturas ocorriam corriqueiramente (The Daily Telegraph, 5 de abril de 2007; AP, Nairobi, 5 de abril de 2007).
No dia 14 de dezembro de 2007, o jornal The Washington Times informou que a CIA torturava com freqüência presos suspeitos de terrorismo, utilizando a prática do “waterboarding” (simulação de afogamento) e a de simulação de execução (House Approves Ban on CIA Waterboarding, The Washington Times, 14 de dezembro de 2007). A American Broadcasting Company (ABC) descreveu numa de suas reportagens como era praticado o “waterboarding”: o prisioneiro é amarrado em uma tábua inclinada de maneira que a cabeça fica levemente abaixo do nível dos pés. Posteriormente, sua cara é coberta com papel ou pano e nele derramado água. 
O jornal The New York Times disse em uma reportagem de 7 de dezembro de 2007 que em 2005 a CIA destruiu pelo menos duas fitas de vídeo que documentavam o interrogatório de dois membros de Al Qaeda que estavam sob custódia dessa agência em 2002 (CIA Destroyed 2 Tapes Showing Interrogations, The New York Times, 7 de dezembro de 2007). Acredita-se que a CIA estava tentando destruir evidências sobre a existência de seu programa de prisões secretas.
As mulheres prisioneiras no Iraque com frequência foram submetidas a humilhações. Os iraquianos afirmam que nunca, em nenhuma das guerras conhecidas desde a Idade Média, foram registadas tantas violações e crimes contra mulheres como durante a guerra do Iraque (Rebelión, 5 de maio de 2007).
Os Estados Unidos sempre adotaram dois pesos e duas medidas quando o assunto são os direitos humanos. Exercem pressão sobre outros países para que a ONU examine outros países, mas nunca fez isso consigo mesmo. Querem que os outros países que obedeçam às normas da ONU que permitem que os repórteres especiais visitem qualquer lugar e falem com qualquer pessoa sem interferência nem vigilância alguma, mas, por outro lado, sempre recusaram seguir as mesmas normas. As solicitações para visita à base militar de Guantánamo, apresentada por vários repórteres especiais, foram sempre recusadas.
Até hoje, o governo dos Estados Unidos sempre se recusou a reconhecer o direito ao desenvolvimento como parte dos direitos humanos. Apesar de ter assinado o Pacto Internacional de Direitos Económicos, Sociais e Culturais, em 1977, ainda não o ratificou. Os Estados Unidos declaram que consideram importante a proteção dos direitos das mulheres e das crianças, mas ainda não ratificaram a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher, 27 anos depois de tê-la assinado, fazendo com que esse seja um dos sete países membros da ONU que ainda não ratificaram esse documento. Além disso, esse país ainda não ratificou a Convenção sobre os Direitos da Criança, 12 anos depois de assiná-la e apesar de 193 países já o terem feito. Desde março de 2007, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Incapacidade está à espera para ser assinada. Muitos países adotam uma atitude ativa a esse respeito. Até o final de dezembro de 2007, 118 países já tinham assinado e sete haviam ratificado, mas os Estados Unidos nem sequer tinham assinado.


Os Estados Unidos impõem-se a outros países e emitem Relatórios sobre Práticas de Direitos Humanos. Seus arrogantes comentários sobre os direitos humanos de outros países estão sempre acompanhados de uma deliberada ignorância dos sérios problemas de direitos humanos que existem no seu próprio território. 




6 de janeiro de 2012


PCP propõe tributar fuga de capitais



O Grupo Parlamentar do PCP apresentou um projeto de lei que reforça a tributação sobre os rendimentos distribuídos por entidades localizadas em off-shore ou em países ou regiões com regimes fiscais claramente mais favoráveis e elimina a isenção da tributação das mais- valias mobiliárias realizadas por SGPS. 
Notícia (aqui)
21 de Dezembro de 2011


Direitos Humanos nos EUA

VI Parte 

Sobre os direitos das mulheres e das crianças

Continuando os resumos sobre o relatório dos Direitos Humanos nos EUA vamos ver o que se regista com os direitos das mulheres e das crianças. Ainda que eu faça um esforço para apenas citar o que me parece mais importante, a extensão do relatório é tal, que tenho dificuldade em encurtar mais estes textos.
  
Que se passa com as mulheres
  
As mulheres representam 51% da população norte-americana, mas somente 16 ocupam as 100 cadeiras do Senado, e 70 das 435 cadeiras da Câmara dos Representantes, 16,1%. Até Setembro de 2007, dos 1.145 prefeitos das cidades norte-americanas com população superior a 30.000 habitantes, somente 185, ou 16,2%, eram mulheres (Women Serving in the 110th Congress 2007-09, Center For American Women and Politics, http://www.cawp.rutgers.edu).

A discriminação contra as mulheres está presente no mercado de trabalho e nos locais de trabalho dos Estados Unidos. A Comissão para a Igualdade de Oportunidades no Emprego afirmou ter recebido 23.247 denúncias de discriminação sexual.(Charge Statistics FY 1997 Through FY 2006, http://www.eeoc.gov/stats/charges.html).

Discriminação no trabalho

Até 1,6 milhões de mulheres poderiam fazer parte do maior julgamento sobre discriminação de género na história dos Estados Unidos, no qual a gigante rede Wal-Mart foi acusada de discriminação contra as mulheres em matéria de salários e promoções. (Reuters, Los Angeles, 6 de Fevereiro de 2007).
O rendimento médio das mulheres nos Estados Unidos é inferior ao dos homens. Estatísticas reveladas pelo Censo, em Agosto de 2007, mostram que o salário médio das mulheres com mais de 15 anos de idade, era de 32.515 dólares em 2006, 77% dos 42.261 dólares dos homens. (Income, Poverty and Health Insurance Coverage in the United States: 2006, emitido pelo Escritório do Censo dos Estados Unidos, http://www. census.gov).

Pobreza
 
A taxa de pobreza das mulheres é mais alta. Estatísticas mostram que no fim de 2006, mais de 5,58 milhões de mulheres solteiras maiores de 18 anos viviam na pobreza.
Cerca de 4,1 milhões, ou 28,3%, de famílias em que as mães eram chefes de família (famílias sem esposo nem pai) viviam na pobreza em 2006, número muito superior à taxa nacional de pobreza familiar, que era de 9,8% (Income, Poverty and Health Insurance Coverage in the United States: 2006, Censo dos Estados Unidos). Dentro destas, as mulheres de cor estão em maior risco de cair na pobreza e na miséria, como vimos no texto anterior (Parte V).
Um relatório publicado pelo Centro Estadunidense de Direitos de Reprodução mostra que a taxa de mortalidade materna desse país ocupa a 30ª posição no mundo. A mortalidade materna das mulheres de raça negra é quatro vezes maior que a das de raça branca. Entre todas as mulheres que vivem na pobreza nos Estados Unidos, as africanas, hispânicas, índias norte-americanas e asiáticas representam 27%, 26%, 21% e 13%, respectivamente, comparado com 9% das brancas.

Violência familiar e no trabalho

As mulheres norte-americanas são vítimas de violência familiar. De acordo com uma informação da Organização Nacional para as Mulheres, nos Estados Unidos a cada ano aproximadamente 1.400 mulheres são assassinadas por espancamento por seus maridos ou noivos. O cálculo anual de mulheres espancadas nesse país está entre dois e quatro milhões.
Estatísticas mostram que nos Estados Unidos 37% das mulheres receberam tratamento médico de emergência devido a manifestações de violência familiar pelo menos uma vez; 30% das mulheres grávidas sofrem ataques por parte de seus parceiros; 50% dos homens norte-americanos atacam frequentemente suas esposas e filhos; 74% das mulheres profissionais sofrem violência por parte de seus colegas. Segundo uma notícia da AP, a violência familiar nos Estados Unidos está a estender-se aos locais de trabalho. (AP, Washington, 18 de Abril de 2007).

Assédio sexual

As mulheres frequentemente são vítimas de assédio sexual nos locais de trabalho. A Comissão para a Igualdade de Oportunidades no Emprego disse que em 2006 recebeu 12.025 denúncias por assédio sexual, 84,6% apresentadas por mulheres (Sexual Harrasment Charges EEOC & FEPAs Combined: FY 1997-FY2006, http://www.eeoc.gov).
Segundo a Organização Nacional para as Mulheres, a cada ano aproximadamente 132.000 mulheres denunciam ter sido vítimas de estupros ou tentativas de estupro e entre duas e seis vezes essa mesma quantidade, que eram realmente estupradas, se abstinham de fazer a denúncia.

Num relatório divulgado em 2007, a Amnistia Internacional disse que nas prisões norte-americanas os guardas de sexo masculino estão autorizados a fazer revistas corporais em prisioneiras, além de observá-las enquanto tomam banho ou trocam de roupa. Na maioria dos estados, os guardas podem entrar nas celas das mulheres sem supervisão.
  
E as crianças
  
As condições de vida das crianças norte-americanas também causam grande preocupação. O Houston Chronicle informou que um estudo realizado pela ONU em 21 países ricos mostrou que, apesar de que os Estados Unidos serem uma das nações mais ricas do mundo, sua posição no ranking de bem-estar geral das crianças é apenas a 20ª. E nas áreas de saúde e segurança, esse país está no final da lista.

Pobreza

Estatísticas mostram que no fim de 2006 os Estados Unidos tinham 12,8 milhões de crianças menores de 18 anos de idade vivendo na pobreza, número que representava 17,4% do total da população infantil do país. As crianças representam 35,2% da população norte-americana que vive na pobreza. A taxa de crianças pobres nos lares em que a mãe é chefe de família (famílias sem esposo nem pai) é numa elevada percentagem de 42,1% (Income, Poverty and Health Insurance Coverage in the United States: 2006, emitido pelo Escritório do Censo dos Estados Unidos em Agosto de 2007, http://www.census.gov).

Assistência médica

Cada dia mais crianças vivem sem assistência médica. Até o final de 2006, cerca de 8,7 milhões de crianças menores de 18 anos de idade não possuíam seguros médicos, nem qualquer assistência nos Estados Unidos, um aumento de 11,7% em comparação com 2005, e a taxa de crianças nesta situação chegou a 19,3% (Income, Poverty and Health Insurance Coverage in the United States: 2006, Censo dos Estados Unidos).

Crianças sem lar

Cada vez mais crianças dormem nas ruas e ficam sem lar. De acordo com um estudo da Conferência de Prefeitos dos Estados Unidos, sobre fome e falta de lar, em 23 cidades norte-americanas, 23% da população procurou abrigo de emergência em 2007. As solicitações de abrigo de emergência por parte de lares com crianças aumentaram em 10 cidades (Mayors Examine Causes of Hunger, Homelessness, comunicado de imprensa da Conferência de Prefeitos dos Estados Unidos no dia 17 de Dezembro de 2007, http://www.usmayors.org).

Mortalidade infantil

Em 2004 a taxa de mortalidade infantil dos Estados Unidos foi de sete por cada 1.000 crianças, e a taxa de mortalidade nas crianças negras foi 2,5 vezes a dos brancos (AP, 10 de Novembro de 2007). A taxa de sobrevivência infantil dos Estados Unidos está muito abaixo da de outras nações desenvolvidas. Um projeto de lei que procurava expandir para as crianças os seguros de saúde proporcionados pelo governo foi vetado pelo presidente George W. Bush em 2007, quando 72% das pessoas apoiavam a medida (Bush Vetoes Kids Health Insurance Bill, The Washington Post, 13 de dezembro de 2007).
  
Abusos e crimes

Os jovens norte-americanos frequentemente são vítimas de abusos e crimes. De acordo com um relatório sobre crimes escolares nos Estados Unidos, publicado pelo Departamento de Justiça em Dezembro de 2007, 57 de cada mil estudantes norte-americanos maiores de 12 anos foram vítimas de violência e de crimes de propriedade. Desde 1 de Julho desse mesmo ano até 30 de Junho de 2006, foram registrados 14 homicídios relacionados com escolas nos quais estavam envolvidas crianças em idade escolar.

Em 2005, 25% dos estudantes disseram ter sido incitados a comprar drogas na escola; 24% dos estudantes disseram que em suas escolas existiam gangues (School Crime Rates Stable Children 50 Times More Likely to Be Murdered away from the School Than at School, emitido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em 2 de Dezembro de 2007, http://www.ojp.usdoj.gov/bjs). 
Há informações indicando que em algumas escolas de ensino médio de Baltimore muitos estudantes assistem aula portando armas.

Abusos sexuais a crianças

Os ataques sexuais são um fenómeno generalizado nas escolas norte-americanas. Uma pesquisa nacional realizada pela AP em 2007, verificou que, entre 2001 e 2005, 2.570 educadores foram castigados por comportamentos sexuais indevidos. 80% das vítimas eram estudantes. Um estudo do Congresso dos Estados Unidos mostra que dos quase 50 milhões de jovens nas escolas desse país, 4,5 milhões são objeto de agressões sexuais por parte de um empregado da escola. A cada dia há uma média de três casos de abuso sexual nas escolas norte-americanas (AP, Washington, 21 de Outubro de 2007).

Milhões de meninas são transformadas em escravas sexuais nos Estados Unidos. Estatísticas do Departamento de Justiça mostram que entre 100.000 e três milhões de crianças norte-americanas menores de 18 anos de idade estão envolvidas em prostituição. Um relatório do FBI diz que até 40% das prostitutas forçadas são menores de idade.

Sistema judiciário das crianças

As crianças norte-americanas não estão devidamente protegidas pelo sistema judiciário. Os Estados Unidos são um dos poucos países do mundo em que crianças são condenadas a pena de morte, e em alguns estados ainda não há idade limite para impor a pena capital. É o país em que mais crianças são sentenciadas a prisão perpétua em todo o mundo. Segundo um estudo conjunto de Human Rights Watch e Amnistia Internacional, realizado em 2005, os Estados Unidos tinham 9.400 prisioneiros cumprindo penas de prisão perpétua por crimes cometidos antes dos 18 anos de idade, dos quais 2.225 cumpriam prisão perpétua sem liberdade condicional. Destes, 16% tinham entre 13 e 15 anos quando cometeram os crimes pelos quais foram condenados (Rebelión, Espanha, 27 de Abril de 2007).

Atualmente há 2.387 adolescentes sentenciados a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional (Los Angeles Times, 19 de Novembro de 2007). 

O jornal The Washington Post disse que a quantidade aproximada de acusados adolescentes que eram enviados diretamente, ou transferidos depois, ao sistema para adultos, conhecido como corte criminal, era de aproximadamente 200.000. (States Rethink Charging Kids as Adults, The Washington Post, 2 de dezembro de 2007). As crianças de cor e as de famílias de baixos rendimentos têm mais probabilidade de sofrer este tipo de tratamento. Segundo o Centro de Justiça Juvenil da Escola de Direito da Universidade Suffolk, as crianças afro-americanas, que representam apenas 15% da população juvenil dos Estados Unidos, constituíam 46% dos presos e, 52% daqueles, terminaram em um tribunal penal adulto. As crianças negras são presas a uma taxa cinco vezes maior que as brancas, enquanto as crianças latinas e índias norte-americanas são colocadas em instituições correcionais 2,5 vezes mais que as brancas (Rebelión, 27 de abril de 2007).



18 de Dezembro de 2011


Continuam as manifestações e prisões em Wall Street

Bispo preso 

Do Jornal a Bola de hoje retirei esta notícia:

Várias pessoas que participavam numa manifestação que decorreu em Wall Street foram presas.

Segundo a agência noticiosa AFP, o grupo «Ocupem Wall Street», comemorava os três meses da onda de protestos que paralisou, em Setembro, o coração financeiro de Nova Iorque. 

As pessoas foram presas quando tentavam entrar num prédio, propriedade da igreja do sul de Manhattam. Entre os manifestantes detidos encontra-se o bispo George Packard. 

O número de detidos não foi revelado. 04:28 - 18-12-2011



13 de Dezembro de 2011

Os direitos Humanos nos EUA

V Parte


Sobre a discriminação racial

Continuando a série de recortes do Relatório sobre os Direitos Humanos nos EUA, passo a resumir o capítulo dedicado à discriminação racial.

Nos Estados Unidos, a população negra e outras minorias étnicas estão no nível inferior da escala social norte-americana. De acordo com as estatísticas publicadas pelos Censos em agosto de 2007, o rendimento médio anual das famílias negras foi de 31.969 dólares, quantia que representava 61% da renda das famílias brancas. Por outro lado, a renda média anual das famílias hispânicas foi de 37.781 dólares, valor que representava 72% da renda das famílias brancas. A proporção de afro-americanos e hispânicos que vivem na pobreza e não possuem seguro médico é muito mais elevada que a dos brancos. Em 2006, a taxa de pobreza entre os cidadãos de cor era de 24,3%, três vezes mais que a registrada entre a população branca, que era de 8,2%. Entre os hispânicos a percentagem era de 20,6%, mais de duas vezes a taxa de pobreza entre os brancos.
Em 2006, a porcentagem de negros que não possuíam seguro médico subiu de 19% para 20,5%. Entre a população hispânica, chegou a 34,1%, com um total de 15,3 milhões de pessoas. Entre os brancos, a taxa foi de 10,8% (Income, Poverty, and Health Insurance Coverage in the United States: 2006, Escritório do Censo, http://www.census.gov).

De acordo com uma reportagem publicada por The Washington Post, 80,7% dos 3.269 casos identificados de HIV/AIDS entre 2001 e 2006 foram registrados entre a população negra (Study calls HIV in DC. A “Modern Epidemic”, The Washington Post, 26 de novembro de 2007). 

O número de famílias brancas com uma posição social e econômica ascendente era duas vezes superior ao de famílias negras. Por sua vez, o número de famílias negras com renda descendente dobrava o de famílias brancas na mesma situação (Washington Observer Weekly, 30 de novembro de 2006).

Nos Estados Unidos, as minorias étnicas têm sido objeto de discriminação quando tentam conseguir um emprego e em seus locais de trabalho. 
Segundo estatísticas da Comissão para a Igualdade de Oportunidades no Emprego dos Estados Unidos, das 75.768 denúncias que foram recebidas no ano 2006, um total de 27.328, ou 35,9%, estavam relacionadas com casos de discriminação racial (Charges Statistics FY 1997 Through FY 2006, http:/www.eeoc.gov/stats/charges.html). 

A discriminação racial também é grave no setor da educação dos Estados Unidos. Segundo dados noticiados pela imprensa, as escolas públicas tendem a impor sanções disciplinadoras mais duras aos estudantes negros e a taxa de castigos entre os alunos de cor é muito mais alta que a registrada entre os estudantes brancos. No relatório são enumerados imensos casos que mostram a mentalidade das famílias e estudantes brancos com permanentes ameaças e vexames a negros.

A discriminação racial no sistema judiciário dos Estados Unidos é escandalosa. De acordo com o relatório anual de 2007 sobre a situação dos norte-americanos negros, publicado pela Liga Urbana Nacional, os afro-americanos — especialmente os homens — têm mais possibilidades que os brancos de ser declarados culpados e de receber sentenças mais longas. Da mesma maneira, os negros têm sete vezes mais probabilidade de ser presos que os brancos (The State of Black America 2007, http://www.nul.org). Igualmente, a probabilidade de que os negros sejam presos por delitos relacionados com drogas é 10 vezes superior à dos brancos, apesar de que ambos os grupos utilizam e vendem estas substâncias na mesma proporção (Study Finds Racial Divide Across U.S. in Drug Arrests, The Washington Post, 5 de dezembro de 2007). As estatísticas do Escritório do Censo dos Estados Unidos mostram que até o final de 2006, 815 de cada 100.000 negros estavam na prisão, enquanto a proporção para os hispânicos ficou em 283 e entre os brancos em 170.

Segundo dados publicados em dezembro de 2007 pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, até o final do ano 2006 560.000 pessoas de cor estavam em prisões estaduais e federais, número que representava 37,5% da população carcerária total. Os hispânicos e latino-americanos presos somavam 308.000, número que representava 20,5% do total. A proporção de homens negros presos era de 3.042 por cada 100.000 cidadãos da mesma raça, seis vezes superior à correspondente à população total norte-americana (501 presos por cada 100.000 habitantes). O índice de homens hispânicos foi de 1.261 por cada 100.000 cidadãos da mesma raça. Quase 8% dos homens negros entre 30 e 34 anos de idade receberam penas de prisão, sendo que a taxa para homens brancos da mesma faixa etária foi de 1,2% (Prisoners in 2006, publicado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, 5 de dezembro de 2007, http://www.ojp.usdoj.gov/bjs).

Nos Estados Unidos, a percentagem de jovens condenados a prisão perpétua é muito diferente em função dos grupos étnicos. O índice de jovens negros que tinham sido condenados a prisão perpétua sem direito a liberdade condicional era dez vezes superior ao dos brancos. A desigualdade da proporção chegava a ser de até 20 vezes na Califórnia (Los Angeles Times, 19 de novembro de 2007).

Nos Estados Unidos, as minorias étnicas são as principais vítimas dos crimes violentos e de ódio, além dos assassinatos. De acordo com um relatório publicado pelo FBI em novembro de 2007, em 2006 foi registrado um total de 7.722 delitos por preconceitos discriminatórios no país, um aumento de 8%. Os crimes de ódio contra os muçulmanos aumentaram em 22% e os incidentes similares cometidos contra a população hispânica cresceram 10% (FBI: Hate Crimes Escalate 8% in 2006, USA Today, 20 de novembro de 2007). 
Segundo um estudo do Departamento de Justiça, de agosto de 2007, em 2005 os negros representavam 13% da população dos Estados Unidos, mas foram vítimas de 15% dos crimes violentos sem resultado de morte e de 49% de todos os homicídios cometidos no país (Black Victims of Violent Crime, http://www.ojb.usdoj.gov/bjs).



12 de Dezembro de 2011


Robert Fisk: Os banqueiros são os ditadores do Ocidente

Robert Fisk, jornalista, escreve no The Independent, uma análise que, centrada na crise do capitalismo, toca outros aspectos que vou tentar resumir. Começa por dizer que nunca viu tanto lixo escrito, a respeito da crise financeira mundial.


Aborda a “Primavera Árabe” dizendo que é apelidada assim para distorcer o grande despertar árabe / muçulmano que está sacudindo o Oriente Médio e procurar relacionar, falaciosamente, esse movimento com os protestos sociais nas capitais ocidentais. 


Diz ainda que no Ocidente "Os movimentos de protesto são, deveras, contra os Grandes Negócios. O que eles realmente perceberam, ainda que de forma um pouco tardia, é que durante décadas se iludiram com uma democracia fraudulenta: votam civicamente em partidos políticos, que então entregam seus mandatos democráticos e o poder do povo aos bancos...". Aponta depois que "as principais universidades estadunidenses, mantêm a ficção de que esta é uma crise da globalização, e não um massivo engano financeiro imposto aos eleitores".


Os donos do ocidente


Escreve Fisk que "Como os Mubaraks e os Ben Alis, os bancos acreditam que são os donos de seus países. As eleições que lhes conferem o poder tornaram-se tão falsas como as urnas às quais os árabes eram obrigados a marchar década após década para ungir os seus próprios donos. Goldman Sachs e o Banco Real da Escócia tornaram-se os Mubaraks e Ben Alis dos EUA e do Reino Unido."


Fisk, diz que "não precisava do documentário "Inside Job", de Charles Ferguson, na BBC-2... para me mostrar que as agências de classificação de risco e os bancos dos EUA são intercambiáveis, de que seu pessoal se move sem sobressaltos entre agência, banco e governo". Como é possível que a BBC e a CNN — e, ó queridos, até a Al Jazeera — tratem essas comunidades de criminosos como instituições inquestionáveis do poder? Isso me lembra a forma igualmente covarde em que tantos jornalistas estadunidenses cobrem o Oriente Médio, evitando, assustados, qualquer crítica direta a Israel...".


Fisk, termina dizendo que os Árabes derrubam ditadores e nós no Ocidente não podemos tocar nos nossos. 
Creio que é um final pessimista. De facto estamos a acordar como os Árabes e Muçulmanos. Séculos de submissão não se apagam de um dia para o outro.




6 de Dezembro de 2011

Nações Unidas confirmam Cuba como o país de melhor desenvolvimento humano da América Latina

A esta conquista de Cuba soma-se o seu reconhecido sistema de Saúde, a luta contra o racismo, a desnutrição infantil e comprovada qualidade em todos os níveis de educação.

Ver relatório em http://www.unfpa.org/webdav/site/global/shared/documents/SWP_2011/SP-SWOP2011.pdf

5 de Dezembro de 2011

Os Direitos Humanos na perspectiva da construção de uma cultura de paz
Seminário Internacional

Foi este o tema de um debate com especialistas de vários países, que se realizou nos dias 2 e 3 em S. Paulo, Brasil.
Foram abordados assuntos como as guerras comandadas pela NATO, o Médio Oriente e norte de África, o desmantelamento da antiga Jugoslávia, a América Latina e a luta pelo reconhecimento do Estado da Palestina.


A construção da paz passa pela dissolução da NATO


A presidente do Conselho Mundial da Paz e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz, Cebrapaz, Socorro Gomes, observou que a atual crise estrutural do capitalismo, veio revelar os bastidores da militarização das potências. Disse: “O investimento em armamento aumenta da mesma forma como crescem as agressões baseadas em mentiras, falsas ações democráticas e falsas ações humanitárias". Observou que, crimes contra a humanidade, são apresentados como ações do “bem”. “O terrorista diz combater o terrorismo. O traficante diz combater as drogas... O imperialismo segue sua rota com mais de 800 bases militares instaladas em todo o mundo”.


O representante do Fórum de Belgrado por um Mundo de Iguais, Zivadin Jovanovic, denunciou a desintegração da antiga Jugoslávia e as intervenções da NATO em todo o mundo após a queda do bloco socialista: “Em 1999 a NATO realizou uma agressão à Jugoslávia. Foi o início da rede de intervenções desse organismo em todo o mundo, como as agressões e ocupações do Afeganistão, do Iraque, dos países do norte da África, além da constante ameaça de intervenções em outras partes do mundo”.




Pelo Movimento pela Paz, Soberania e Solidariedade entre os Povos da Argentina, Mopassol, Rina Bertaccini, disse que, “se fosse verdade que a NATO intervém para defender os direitos humanos, estaríamos numa contradição, porque a organização teria que intervir no principal violador dos direitos humanos no mundo, que são os Estados Unidos”.


A crise não reduz as despesas militares


Joana Ferreira, representante do Conselho Português para a Paz e Cooperação, apontou que, na tentativa de impor uma nova ordem mundial, “a NATO, os EUA e as grandes potências mundiais usam o imperialismo como um instrumento de guerra, impondo um sistema que destrói o planeta e desrespeita a soberania dos povos. Com o sistema capitalista em crise, a NATO ameaça a segurança e a paz. Nesse contexto, a União Europeia soma-se à NATO nas guerras de agressão...”.


Tassos Stravos, do Comité Grego pela Paz e Distensão Internacional, disse que o seu país participa em duas organizações imperialistas, a NATO e a União Europeia, que comandam uma ofensiva contra o povo grego impondo cortes na educação, saúde, salários... Dessa forma, “o direito do povo grego é violado dentro de seu próprio território que é obrigado a pagar pela crise do capitalismo”.


Tadaaki Kawata, do Conselho da Paz do Japão, denunciou que em visita à Austrália, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou que a presença militar dos EUA é prioridade na região asiática. “Apesar da crise financeira, os Estados Unidos não vão cortar as despesas na Ásia, numa tentativa de utilizar o crescimento da região para amenizar a crise”.


Agressões, ingerências e provocações na América Latina e Caribe


Rina Bertaccini do Movimento pela Paz, Soberania e Solidariedade entre os Povos, Mopassol,  ressaltou que na América Latina e no Caribe as intervenções dos EUA se faz com o Departamento de Defesa dos EUA para a América do Sul, Central e Caribe e a “penetração nas universidades estatais dos nossos países”. Também o vereador Jamil Mourad (PCdoB) denunciou que, antes da descoberta do pré-sal brasileiro, os Estados Unidos reativaram a 4ª Frota para circular neste mar em desafio à soberania nacional.


Os povos da Palestina precisam de solidariedade e apoio.


Foi tratado como prioritário o reconhecimento do Estado da Palestina, condição de um processo de paz no Médio Oriente. O representante do Centro Palestino para a Paz e a Democracia, Akel Taqaz, evidenciou que “o que ocorre hoje na Palestina é um exemplo de violação dos direitos humanos e ameaças à paz mundial com a ocupação, por parte de Israel, de territórios palestinos e a manutenção de palestinos em prisões em Israel... o processo de paz deve dar-se com o reconhecimento do território palestino dentro das fronteiras de 1967, resolvendo a questão dos refugiados palestinos... Os povos da região precisam de solidariedade e apoio”. 
Também o representante do Conselho Nacional Palestino e da Associação Europeia de Cooperação com a Palestina, Jehad Suleiman Rashid, disse que o povo está cansado da “impunidade com a qual Israel é tratado e da inoperância europeia, e que o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, deveria ser julgado pelo Tribunal de Haia. Nós sabemos o quão humilhado está Obama, que é incapaz de manifestar seu compromisso político com o povo palestino. Obama encontra-se hipotecado, vendido a um sistema falido e perigoso para a paz mundial. Há uma aliança nefasta, agressiva, formada pelo governo norte-americano, pelas instituições financeiras, e Israel que é a mesma que provoca a guerra em países como Iraque e Afeganistão e que se chama NATO”.




Um mundo de paz, mais justo e com direitos humanos para todos


Diversos palestrantes defenderam a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos, Celac, é uma forma de resistir ao processo de imposição da cultura de dominação dos Estados Unidos. 
Rina Bertaccini destacou a importância do evento realizado pelo Cebrapaz, porque “é preciso dar continuidade e incentivar a mobilização de vários setores para ajudar na batalha de ideias”. Joana Ferreira disse que “Nesse contexto tão difícil, a humanidade resiste. Estão sendo criadas forças para um futuro melhor. (...) defendemos uma politica externa independente de solidariedade com os povos, e a luta dos povos em defesa de sua soberania, compromissos sem os quais é impossível construir mundo justo igualitário e de paz”.
A presidente do Cebrapaz, Socorro Gomes, ressaltou a esperança de um mundo melhor: “Vemos crescer uma corrente para a criação de um novo mundo de respeito aos povos. Essa luta exige uma postura ética para se contrapor ao imperialismo. (...) Vemos heróicos atos de resistência. Ações de governos anti-imperialistas e o levante dos movimentos sociais que exigem direitos humanos para todos”. 




4 de Dezembro de 2011

Eleições na Rússia

As fraudes e tentativas desesperadas do partido de Putin, Rússia Unida para não perder a maioria absoluta.


O site da TV canadiana CTV News, informa que apenas sete partidos foram autorizados a apresentação de candidatos para o parlamento neste ano, [na Rússia] e que grupos de oposição têm sido impedidos de fazer campanha.

Vários partidos reclamaram violações destinadas a reforçar os votos no Rússia Unida. Também observadores independentes se queixam de serem prejudicados no seu trabalho.

O lider comunista Gennady Zyuganov disse que monitores do seu partido frustraram uma tentativa de fraude em Moscovo. A urna continha 300 cédulas antes do início da votação.
Disse ainda que outras tentativas e incidentes foram relatadas em várias outras estações de voto em Moscou, Rostov-on-Don e outras áreas. Na cidade de Krasnodar, pessoas não identificadas substituiram os monitores Comunistas. Os observadores reais do partido não foram admitidos.
Em Vladivostok, os eleitores queixaram-se à polícia que o Rússia Unida estava oferecendo comida de graça em troca de promessas de voto para o partido.

O Grupo da Rússia de monitoramento eleitoral independente, Golos teve o site incapacitado por hackers no domingo. Golos foi impedido de colocar muitos observadores mas os cerca de 2.000 em funções relataram inúmeras violações, disse a diretora Liliya Shibanova.
Disse ainda que muitas das violações envolveram falsas cédulas, incluindo os chamados "voto de cruzeiro", onde as pessoas com as cédulas são transportados de ônibus para estações de voto múltiplo. No rio Volga cidade de Samara, observadores e membros da comissão eleitoral dos partidos de oposição foram impedidos de verificar se as urnas foram devidamente seladas em todas as assembleias de voto, disse Shibanova.

Em Moscou, vários jornalistas, incluindo um fotógrafo da Associated Press, foram detidos. 

Um relatório intercalar de uma missão de monitoramento de eleições da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa observou que "a maioria dos partidos têm manifestado falta de confiança na justiça do processo eleitoral."

Ativistas do grupo de Frente de Esquerda, tentou organizar um protesto do lado de fora da Praça Vermelha mas foram rapidamente dispersados ​​pela polícia, que deteve cerca de uma dúzia deles. Mais tarde, a polícia disse que prendeu mais de 100 manifestantes da oposição, na capital e cerca de 70 em St. Petersburg, quando tentou realizar uma manifestação não autorizada.

Os sites de Golos e Ekho Moskvy, um proeminente, estação de rádio independente, caíram no domingo. Ambos afirmaram que as falhas foram devido a ataques de boicote de hackers.
"O ataque no dia da eleição é, obviamente, ligado a tentativas de interferir com publicação de informações sobre violações," disse Ekho Moskvy editor Alexey Venediktov.

Shibanova, o líder de Golos, disse que sua linha telefónica foi inundada domingo com chamadas automatizadas que efetivamente a bloqueou. Antes da votação, muitos dos ativistas do grupo foram visitados pela polícia secreta, enquanto Shibanova foi detida por 12 horas no aeroporto e forçada a entregar seu laptop.

O grupo tinha compilado cerca de 5.300 denúncias de violações da lei eleitoral antes da votação, a maioria dos quais estavam ligados a Rússia Unida. Cerca de um terço dos queixosos - a maioria funcionários do governo e estudantes - disse que seus chefes, empregadores e professores os pressionaram a votar no partido.


Ver também http://c-de.blogspot.com/  Clique aqui 

3 de Dezembro de 2011


Os Direitos Humanos nos EUA

Em complemento do texto de ontem sobre os direitos económicos e civis nos EUA li um artigo no Estadão (Brasil) que revela que nos Estados Unidos aumenta o número de famílias inteiras a morar dentro de carros, como mostra o programa "60 Minutes", da rede de televisão norte-americana CBS. "Segundo uma assistente social entrevistada, o problema da habitação continua aumentando ao mesmo tempo em que o desemprego persiste. Aos poucos, a poupança das famílias vai acabando e, “quando você menos espera, elas já estão morando no carro”. Nos EUA, de acordo com o "60 Minutes", existem hoje 16 milhões de crianças consideradas pobres, um quarto do total".
Contudo, o poder dos Bancos aumenta tal como o dos 1% dos super ricos.


2 de Dezembro de 2011

Os Direitos Humanos nos EUA
 
IV Parte
  
Sobre os direitos económicos, sociais e culturais

Continuando a recolha de informações contida no relatório sobre os Direitos Humanos nos EUA, iniciado neste separador em 29 de Outubro, vou agora sintetizar o seu quarto capítulo.
 
"A população pobre dos Estados Unidos aumenta constantemente. Segundo estatísticas dadas a conhecer pelo Escritório do Censo dos EUA, em agosto de 2007, a taxa oficial de pobreza no país, em 2006, foi de 12,3%, o que significa que nesse ano 36,5 milhões de pessoas, ou 7,7 milhões de famílias viviam em condições de pobreza. Por outras palavras, quase um de cada oito cidadãos norte-americanos vive na pobreza. A taxa de pobreza no Mississippi foi tão alta que chegou aos 21,1% (Poverty drops as nation’s income hits 5-years high, USA Today, 29 de agosto de 2007).
A taxa de pobreza foi de 16,1% nas principais cidades norte-americanas, de 15,2% nos subúrbios e de 13,8% no sul. A percentagem em Washington D.C. chegou a 19,8%, significando que quase uma quinta parte de seus cidadãos vive na pobreza (DC’s “two economies” headed in different directions, report finds, DC fiscal Policy Institute, 24 de outubro de 2007)". Depois da crise económica iniciada em 2007 / 2008, estes números aumentaram significativamente.
Contudo, a riqueza do grupo mais rico dos Estados Unidos aumentou rapidamente nos últimos anos, ampliando a diferença dos rendimentos entre ricos e pobres. É conhecido que os rendimentos dos 1% mais ricos foi equivalente a 21,2% do rendimento total nacional em 2005, e tem vindo a aumentar em grande ritmo. Por outro lado, a renda dos 50% mais pobres da população foi equivalente apenas a 12,8% das rendas totais nacionais (Reuters, 12 de outubro de 2007) e tem vindo a descer gravemente.
 
"O número de multimilionários aumentou de 13, em 1985, para mais de 1.000, em 2006 (The Observer, 24 de julho de 2007). Os executivos de grandes empresas dos Estados Unidos ganharam uma média anual de mais de 10 milhões de dólares em 2006, 364 vezes mais que os trabalhadores comuns. O dinheiro recebido por esses executivos por dia de trabalho corresponde praticamente ao que ganham os trabalhadores comuns em um ano inteiro (AFP, 4 de janeiro de 2008)".
 
De acordo com um inquérito nacional sobre as pressões sofridas pelas pessoas, nos Estados Unidos em setembro de 2007, a falta de dinheiro e o trabalho foram os principais fatores de stresse para quase três quartos dos entrevistados. De um total de 1.848 adultos, 51% estava preocupado pelo custo da casa (USA Today, 24 de outubro de 2007).
A taxa de suicídio dos norte-americanos entre 45 e 54 anos de idade aumentou em 20% entre 1999 e 2004 (AP, 14 de dezembro de 2007).
O Departamento de Agricultura declarou em um relatório apresentado no dia 14 de novembro de 2007, que 35,52 milhões de norte-americanos, incluindo 12,63 milhões de crianças, sofreram fome em 2006, um aumento de 390.000 com respeito ao ano 2005. Cerca de 11 milhões de pessoas viveram em condições de “segurança alimentar muito baixa” (Over 30 Million Americans Faced Hunger in 2006, Reuters, 15 de novembro de 2007), números que aumentaram muito depois da crise. 
 
Estima-se que nos Estados Unidos há 750.000 pessoas sem lar (Care Critical for Homeless, The Washington Post, 22 de outubro de 2007). 
A Califórnia tem cerca de 50.000 soldados reformados morando nas ruas (Sing Tao Daily San Francisco Edition, 8 de Novembro de 2007). As condições de saúde das pessoas sem habitação são calamitosas. A pesquisa mostra que quase metade das pessoas que vivem nas ruas padecem doenças crônicas. A expectativa de vida de uma pessoa sem lar flutua entre 42 e 52 anos (Care Critical for Homeless, The Washington Post, 22 de outubro de 2007).
 
Entre os criminosos sexuais, em muitas cidades norte-americanas os moradores de rua representam uma alta proporção. (Many Sex Offenders Are Often Homeless, USA Today, 19 de novembro de 2007).
Não existe um sistema de saúde do Estado. A assistencia à saúde é feita através de seguros de saúde em companhias privadas. O número de pessoas que não têm um seguro médico tem vindo a aumentar. Uma reportagem de Reuters, publicada no dia 20 de setembro de 2007, citou números dos Censos indicando que 47 milhões de pessoas nesse país não usufruem de seguro médico. Uma organização norte-americana de famílias declarou que quase 90 milhões de pessoas com menos de 65 anos não possuía este tipo de seguro, número que representava 34,7% da população nessa faixa etária (Reuters, 20 de setembro de 2007). Mais de 10 milhões de jovens com idades entre 19 e 29 anos também não possuíam este tipo de seguro (Reuters, 8 de agosto de 2007). 
 
Em 2007, as mensalidades do seguro médico aumentaram em 7,7% chegando em média aos 11.480 dólares. A percentagem de pessoas que têm um seguro médico na empresa caiu 0,3%, para 59,7% (Census: Health Benefits Scarcer. USA Today, 28 de agosto de 2007). 
Com a crise iniciada em 2007/2008 estes números aumentaram drasticamente.



29 de Novembro de 2011

Paquistão não aceita desculpas por ataque injustificado da NATO

Os militares paquistaneses recusaram ontem os pedidos de desculpas da NATO pelo ataque aéreo a postos de controle Paquistaneses que causou a morte de 25 soldados e deixou mais de uma dúzia feridos.

"As notas de pesar da Otan não são suficientes, esta ação pode trazer graves consequências", advertiu o porta-voz do Exército, major-general Athar Abbas, citado pela emissora de televisão Geo News.

Na madrugada de sábado (26), aviões de combate e helicópteros do Pacto Militar do Atlântico Norte metralharam indiscriminadamente dois pontos de controle paquistaneses próximos à fronteira com o Afeganistão, estabelecidos no cume de uma montanha e distantes 300 metros um do outro.

Abbas, recordou que nos últimos três anos incidentes deste tipo deixaram como saldo 72 soldados paquistaneses mortos e mais de 250 feridos.

Em todas as grandes cidades do Paquistão ocorreram manifestações de repúdio à agressão da NATO.


Paquistão: CIA conduz 300º ataque por controle remoto

Mais de 2 mil pessoas foram ao enterro de mais uma vítima de ataque da CIA. Foram 4 ataques aéreos em 48 horas. Os aviões são controlados remotamente e não têm tripulantes, informou Chris Woods, do Bureau of Investigative Journalism

A guerra por controle remoto dos Estados Unidos no Paquistão conta com 300 ataques feitos por aviões não-tripulados contra supostos militantes nas regiões tribais, de acordo com uma investigação do Bureau of Investigative Journalism.

Um político local afirmou aos presentes que “Os Estados Unidos deveriam perceber que esse ataques estão gerando uma enorme revolta"

Destes 300 ataques, 248 ocorreram durante a presidência de Obama, ou seja, um ataque a cada quatro dias. Pelo menos 2.318 pessoas, incluindo mais de 170 crianças foram assassinadas pela CIA.



27 de Novembro de 2011

Comunicado do Partido Comunista da Grécia (KKE) sobre a intervenção imperialista na Síria


O KKE denuncia a escalada da intervenção imperialista na Síria que, tal como na Líbia, está a ser promovida a pretexto da «democracia» e da «liberdade». Nesta intervenção imperialista ultrapassou-se o limite máximo da hipocrisia e do cinismo: 
os que invocam a «liberdade» e a «democracia» são as monarquias antipopulares do Golfo; a Turquia, que com o seu exército ocupa metade de Chipre; a UE, onde em muitos dos seus estados membros os partidos comunistas estão proibidos; os EUA, que promoveram e apoiaram golpes de Estado em diferentes recantos do planeta. 

A Turquia, a Arábia Saudita e a Jordânia, juntamente  com os EUA e a UE, desempenham um papel particularmente reacionário. Não se pode excluir a possibilidade de que se leve a cabo uma intervenção militar contra a Síria através destes países. 
Os objectivos destas potências não são, como dizem, os direitos democráticos e populares na Síria. A sua meta é o controlo das matérias-primas na região, das vias de transporte de energia e de mercadorias,...


O texto integral pode ser visto em "Pelo Socialismo"

22 de Novembro de 2011

Juventude estudantil no Chile

Um recorte de uma entrevista dada por Camila Vallejo a La Calle del Medio para os leitores cubanos, e publicada no "Cuba Debate".


Camila Vallejo é presidente da Federação de Estudantes (universitários). Militante da Juventude Comunista, graduada de Geografia, com 23 anos é uma jovem que rompe todos os esquemas.

Alguns "experientes" costumavam dizer nos anos 1990 que as novas gerações de chilenos – após anos de ditadura –, eram conformistas, passivas, individualistas, este renascer dos movimentos sociais juvenis no Chile é inesperado?

Efetivamente, grande parte da juventude durante muito tempo assumiu o papel que o modelo neoliberal lhe quis impor, atuando de maneira absolutamente conformista e desligada da realidade nacional e do que ocorria na política ou no mundo social, somado ao temor inculcado de se manifestar publicamente, por causa das fortes ameaças de repressão que o governo ainda desata sobre a população. No entanto, no Chile também temos uma vasta história de luta social, da qual os jovens constantemente foram uma parte ativa e dinamizadora, embora durante muito tempo isso se deu a contracorrente.

No entanto, neste ano a necessidade e desejo de manifestar-se, de participar e exigir um espaço na tomada de decisões calhou muito fundo na juventude, o que contribuiu o inédito elemento da massividade nas mobilizações, sobordando locais públicos como nunca antes se tinha visto no país. Isso é novo e muito esperançador, já que parece ser que aquela juventude individualista está a deixar de lado esse tipo de atitudes e está a entender que todos estamos chamados a realizar mudanças e a trabalhar por construir um futuro melhor para o nosso país.


19 de Novembro de 2011

Os Direitos Humanos nos EUA


3ª Parte


Sobre as violações dos direitos humanos cometidas pelos departamentos judiciários e policiais dos EUA
Continuando a análise do Relatório sobre os Direitos Humanos nos EUA, nesta 3ª Parte vou resumir e recolher apenas alguns dados (pois o relatório é muito extenso) sobre os abusos de poder por parte dos departamentos judiciários e policiais


As violações dos direitos civis pelas autoridades dos EUA, aumentaram 25% entre 2001 e 2007 segundo estatísticas do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (Police Brutality Cases up 25%; Union Worried Over Dip in Hiring Standards, USA Today, 18 de dezembro de 2007).
De maio de 2001 a junho de 2006, um total de 2.451 agentes policiais de Chicago foram acusados por 4 a 10 queixas cada um e 662 deles por mais de 10 acusações, mas somente 22 receberam sanções. Alguns agentes acumularam mais de 50 registros de abuso policial, mas nunca lhes foi aplicada nenhuma medida disciplinadora (The Chicago Police Department’s Broken System, Universidade de Chicago, http://www.law.chicago.edu).


O relatório cita vários casos noticiados que me abstenho de enumerar.


De acordo com um relatório publicado em outubro de 2007 pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em 47 Estados e no Distrito de Columbia 2.002 pessoas morreram durante o processo de prisão entre 2003 e 2005; entre eles, 1.095, ou 55%, resultaram mortos por disparos de policiais locais ou estaduais (Death in Custody Statistical Tables, Departamento de Justiça dos Estados Unidos, http://www.ojp.usdoj.gov/bjs).


Os Estados Unidos contam com o maior número de presos do mundo e têm a taxa mais alta na proporção presos-população do planeta. O número de presos aumentou em 500% nos últimos 30 anos. No final de 2006, havia um total de 2,26 milhões de presos e o ritmo continua a aumentar.


A população dos Estados Unidos representava apenas 5% da população do planeta, mas sua população carcerária representava 25% do total mundial. Eram 751 detentos por cada 100.000 cidadãos norte-americanos, 96% dos presidiários estavam cumprindo penas de mais de um ano, o que significa que quase um por cada 200 cidadãos norte-americanos estavam cumprindo este tipo de sentença (Prisoners In 2006, Departamento de Justiça dos Estados Unidos, http://www.ofp.usdoj.gob/bjs).


Os abusos nas prisões norte-americanas são comuns. De acordo com o relatório publicado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em dezembro de 2007, um número estimado em 60.500 detentos, ou 4,5% dos presos em cárceres estaduais e federais, sofreram um ou mais ataques sexuais. 2,9% deles informaram ter sofrido incidentes em que estava envolvido o pessoal das instalações penitenciárias, enquanto 0,5% dos presos afirmaram ter sido atacados sexualmente por outros presos e pelos funcionários da penitenciária e 0,8% foram feridos como resultado de agressões sexuais (Sexual Victimization in the State and Federal Prisons Reported by Inmates, Departamento de Justiça dos Estados Unidos, http://www.ojp.usdoj.gov/bjs).


O governo dos Estados Unidos reconheceu, em relatório publicado no dia 16 de janeiro de 2007, que imigrantes ilegais suspeitos foram maltratados em cinco prisões, o que representa uma violação do princípio de custódia humanitária (The Washington Post, 17 de janeiro de 2007). 
O Washington Post publicou, no dia 17 de dezembro de 2007, que jovens detidos em uma prisão juvenil de West Texas foram agredidos sexualmente ou espancados e tiveram negado o acesso a tratamento médico. Aqueles que informaram sobre o crime foram vítimas de uma dura vingança e a situação ainda não tinha melhorado meses depois do escândalo ser revelado (Dad Dismissed Prison Reform, The Washington Times, 17 de dezembro de 2007).


São citados inúmeros casos de abusos e torturas, incluindo espancamentos, presos nus amarrados em camas ou cadeiras de ferro durante um período até 48 horas o que provocou a morte de alguns (International Herald Tribune, 8 de janeiro de 2008).


Os guardas nas prisões dos Estados Unidos usam regularmente pistolas Taser. De acordo com um relatório de Anistia Internacional apresentado em 2007, 230 cidadãos norte-americanos morreram devido ao uso deste tipo de armas desde 2001. Em julho de 2006, uma prisão no condado de Garfield, Colorado, foi acusada de utilizar regularmente estas pistolas ou sprays de pimenta contra os presos e, depois, amarrá-los em cadeiras em posturas estranhas durante várias horas, provocando a morte de alguns. 


Frequentemente prisioneiros norte-americanos morrem de infecção por HIV/AIDS sem assistência médica. Um relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos mostra que, no fim de 2005, 22.480 detentos em prisões estaduais e federais eram portadores de HIV ou eram casos confirmados de AIDS (HIV in Prisons 2005, Departamento de Justiça dos Estados Unidos, http://www.ojp.usdoj/bjs).


De acordo com uma informação do jornal Los Angeles Times, de 20 de setembro de 2007, foram registrados 426 casos de morte nas prisões da Califórnia em 2006 como conseqüência da demora em prestar atendimento médico. 


A média de tempo que presos inocentes permaneceram detidos é de 12 anos. A idade média no momento da condenação era de 26 anos e 15 dos inocentados através de provas de DNA passaram um período no corredor da morte (Facts on Post-Conviction DNA Exonerations, Innocence Project, http://www.innocentproject.com).


São conhecidos muitos casos de presos que ao fim de mais de 20 anos foram considerados inocentes (como Charles Chatman, do Texas, foi provado inocente depois de 26 anos na prisão, o décimo quinto preso inocentado pela prova de DNA em Dalas desde 2001 - Texas Man Exonerated by DNA After 26 Years, AP, 3 de janeiro de 2008).


Em setembro de 2006, Bush reconhece que a CIA tem prisões secretas e manteve prisioneiros em segredo durante anos sem processá-los e que esses detidos foram submetidos a procedimentos alternativos de interrogatório extremamente agressivos, podendo ser considerados de tortura.
  
Existem muitas outras situações de acusados e presos sem direito a defesa como é o caso recente de Bradley Manning, o soldado acusado de ter sido fonte do WikiLeaks, que foi preso há um ano, e continua sem julgamento e sem direito a defesa.


Isto no país que se afirma de "modelo" da democracia.



11 de Novembro de 2011

Cavaco Silva nos EUA a vender Portugal

A propósito da missão de Cavaco e Portas aos Estados Unidos, para vender a imagem de Portugal, Fernando Samuel no Blog Cravo de Abril, revela que não é só a imagem que estes caixeiros viajantes estão a querer vender: 
(...)
A política de direita, ao longo dos seus longos 35 anos de existência, mostrou-nos ser capaz de tudo em todas as matérias; e é sabido que os «programas de privatizações» - sempre no desrespeito frontal da Constituição da República Portuguesa - têm constituído, sempre, colossais devastações do património nacional em favor do grande capital - tudo feito, sempre, em nome da «modernidade» e do «progresso»...
É sabido igualmente que, nessa acção devastadora e anti-patriótica, participaram todos os governos, sem excepção, e todos os presidentes da República, sem excepção.
Todavia, tanto quanto me lembro, nunca antes um Presidente da República viera a público exibir, com tal despudor e tal descaro, a sua faceta de vendilhão da Pátria.

Ao qu'isto chegou!...


10 de Novembro de 2011

A Democracia dos EUA




Relatório dos Direitos Humanos nos EUA

2ª Parte


Sobre os direitos civis e políticos

Continuando a citar partes do relatório sobre "Os direitos Humanos nos EUA". A primeira parte foi publicada neste separador em 29 de Outubro (ver mais abaixo).


Nos Estados Unidos, o governo restringe e viola gravemente os direitos políticos e civis dos cidadãos.


A polícia dos Estados Unidos utiliza com frequência a violência contra os cidadãos. Segundo os meios de comunicação, 315 agentes de Nova York foram submetidos a um processo de investigação interna pelo uso incontrolado da violência que cometeram durante o exercício da lei.


A cifrea era de apenas 210 em 2007. Nos últimos dois anos, o número de agentes de Nova York investigados depois de terem sido alvo de muitas críticas aumentou 50% (http://www.chicagodefender.com).


De acordo com um relatório do Departamento de Polícia de Nova York, a polícia dessa cidade disparou 588 balas em 2007, provocando a morte de dez pessoas e outras 354 em 2008, com 13 baixas (http://gothamist.com, 17 de novembro de 2009).


De acordo com a Amnistia Internacional, a polícia matou 45 pessoas nos primeiros dez meses de 2009, devido ao uso descontrolado das pistolas Taser. A vítima mais jovem tinha apenas 15 anos. Desde o ano de 2001, os estadunidenses já mataram 389 pessoas com pistolas Taser (http://theduckshoot.com).


Os casos de corrupção na polícia são conhecidos.(The Washington Post, 19 de julho de 2009, 18 de novembro, The Chicago Tribune, 19 de setembro de 2009, entre outros).


Nas grandes cidades americanas, a polícia pára, interroga e revista mais de um milhão de pessoas por ano (http://huffingtonpost.com, 8 de outubro de 2009).


As prisões dos Estados Unidos estão abarrotadas. Segundo um relatório publicado pelo Departamento de Justiça, em 8 de dezembro de 2008, mais de 7,3 milhões de pessoas permaneciam sob o controle do sistema penitenciário do país até a data.


O número de pessoas ainda detidas nas instituições do sistema, [em 2009] aumentou 0,5% em relação a 2007 [e continua a aumentar] (http://www.wsws.org).


Cerca de 2,3 milhões de pessoas encontram-se sob custódia nas prisões americanas, o que equivale a um em cada 198 habitantes do país, de acordo com o relatório.


Entre os anos 2000 e 2008, o número de prisioneiros aumentou 1,8% ao ano, em média. (http://mensnewsdaily.com, 18 de janeiro de 2010).


O governo do Estado da Califórnia chegou a sugerir a possibilidade de enviar dezenas de milhares de imigrantes sem documentos para o México para aliviar a pressão que o excesso de presos exerce sobre seu sistema penitenciário (http://news.yahoo.com, 26 de janeiro de 2010).


Nos Estados Unidos, os direitos básicos dos detidos não estão garantidos. Os casos de presos violados por empregados das instituições penitenciárias são abundantes. Segundo o Departamento de Justiça, o número de denúncias relacionadas com a "má conduta sexual" dos trabalhadores das 93 prisões federais do país aumentaram quase 100% nos últimos 8 anos.


Cerca de 40% dos 90 empregados julgados por ter abusado sexualmente de presos e presas foram condenados por outros crimes (The Washington Post, 11 de setembro de 2009).


O jornal The New York Times publicou em 24 de junho de 2009 os dados de um estudo que indica que 4,5% dos mais de 63 mil presos das prisões estaduais e federais entrevistados haviam denunciado abusos sexuais em, pelo menos, uma ocasião nos últimos doze meses.


O documento estimava que durante esse período aconteceram pelo menos 60 mil violações de presos.


A gestão das prisões nos Estados Unidos também provoca o contágio de doenças entre os reclusos. de acordo com um relatório do Departamento de Justiça, 20.231 homens e 1.913 mulheres que cumpriam pena nas prisões federais e estaduais eram portadores do vírus HIV em fins de 2008. A percentagem de presos portadores do vírus era de 1,5% no caso dos homens e 1,9% no das mulheres (http://www.news-medical.net, 2 de dezembro de 2009).


Um relatório do Human Rights Watch, publicado em março de 2009, assinalava que a prisão do estado de Nova York tinha o maior número de reclusos com aids e hepatite C do país e não garantia o acesso aos tratamentos de adição de drogas, já que impedia aos consumidores de droga receber tratamento, como uma forma de castigo (http://www.hrw.org, 24 de março de 2009).


Apesar de sua defesa da "liberdade de expressão", da "liberdade de imprensa" e da "liberdade na internet", o governo americano controla e restringe o direito de seus cidadãos à liberdade quando se trata de proteger seus próprios interesses.


A liberdade dos cidadãos americanos de aceder à informação ou distribui-la está estritamente controlada. De acordo com informações divulgadas pelo governo americano, a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) começou a controlar as comunicações instalando equipamentos especializados de escuta e interceptando telefones, faxes e contas de correio eletrônico a partir de 2001.


Esse tipo de estratégia foi utilizada a princípio para vigiar cidadãos de origem árabe, mas logo começaram a ser empregada para controlar milhões de americanos e de outras procedências.


A NSA estabeleceu mais de 25 centros de escuta em San José, San Diego, Seattle, Los Angeles e Chicago, entre outras várias cidades.


A agência também anunciou recentemente que está construindo um armazém com dados com mais de 9 milhões de metros quadrados e com um custo de US$ 1,5 bilhão de dólares em Camp Williams (Utah) e outro em San Antonio, para poder levar a cabo uma nova missão de "vigilância cibernética".


As mídias revelaram que um homem chamado Nacchio foi acusado de 19 infrações à Justiça do país e condenado a seis anos de prisão por ter se negado a participar no programa de vigilância da NSA (http://www.onlinejournal.com, 23 de novembro de 2009).


Depois dos ataques de 11 de Setembro, o governo dos Estados Unidos, em nome da "luta contra o terrorismo", autorizou os departamentos de inteligência a espionagem a entrar nas contas de correio eletrônico dos cidadãos, para vigiá-los e eliminar qualquer informação que possa ameaçar os "interesses nacionais".


A lei "Patriot Act" deu mais liberdade às agências encarregadas da aplicação da lei para grampear os telefones e controlar tanto as comunicações por correio eletrônico como os registros médicos e financeiros das pessoas.


A lei também ampliou a capacidade das autoridades de imigração e aplicação da lei para deter e deportar imigrantes suspeitos de terem cometido atos relacionados com o "terrorismo".


A lei ampliou além disso a definição de terrorismo, aumentando o número de atividades que as autoridades encarregadas da aplicação da lei poderiam proibir.


Em 9 de julho de 2008, o Senado dos Estados Unidos aprovou a Ata de Emenda à Lei de Vigilância da Inteligência Extrangeira, que outorgava imunidade legal às companhias de telecomunicações entre cidadãos estadunidenses e residentes no exterior sem necessidade de receber a aprovação de um tribunal para, assim, facilitar a luta contra o terrorismo (The New York Times, 10 de julho de 2008).


As estatísticas mostram que, entre 2002 e 2006, o FBI compilou milhares de registros de cidadão americanos em forma de correio eletrônico, notas e chamadas telefônicas.


Em setembro de 2009 foi estabelecido um organismo de "supervisão" da internet, o que fez os cidadãos pensarem que o governo pode usar a segurança na rede como uma desculpa para controlar e interferir nos sistemas pessoais.


Um funcionário do governo americano disse, em uma entrevista concedida ao New York Times em abril de 2009 que a NSA havia interceptado chamadas e correios eletrônicos privados em poucos meses, em uma escala que superava amplamente os limites legais estabelecidos pelo Congresso no ano anterior.


Além disso, a NSA também estava grampeando os telefones de políticos estrangeiros, funcionários de organizações internacionais e reconhecidos jornalistas (The New York Times, 15 de abril de 2009).


O Exército também participava nos programas de vigilância, segundo a cadeia de televisão CNN, uma organização militar de avaliação de riscos na internet, com sede na Virgínia, se encarregava de vigiar blogs oficiais e privados, documentos oficiais, informação pessoal de contatos, fotografias de armas e entradas nas bases militares e outras páginas web que poderiam supor uma ameaça à segurança nacional.


A suposta "liberdade de imprensa" nos Estados Unidos está completamente subordinada aos seus interesses nacionais e é manipulada pelo governo. Durante as guerras do Iraque e do Afeganistão, o governo americano e o Pentágono colocaram ex-oficiais militares nos informativos de rádio e televisão para glorificar as ocupações, para guiar a opinião pública e fazer com que os cidadãos apoiassem a "guerra contra o terrorismo" (The New York Times, 20 de abril de 2009).


Em fins de 2009, o Congresso aprovou uma lei que impõe sanções a diversos canais por satélite de origem árabe, por emitir conteúdos que vão contra os Estados Unidos e "por promover a violência" (http://blogs.rnw.nl).


Em setembro de 2009, cidadãos que estavam utilizando mensagens de texto e a rede social Twitter para organizar manifestações enfrentaram a polícia em Pittsburgh, durante a realização da cúpula do G20. Elliot Madison, de 41 anos, foi acusado de dificultar a detenção dos manifestantes via internet. A polícia também fez registros em sua casa (http://www.nytimes.com, 5 de outubro de 2009).


Vic Walczak, diretor da União de Liberdades Civis da América (ACLU, em inglês) na Pensilvânia comentou que essa mesma conduta seria qualificada em outros países de "violação dos direitos humanos", enquanto que nos Estados Unidos ela é definida como um "controle necessário do crime".




7 de Novembro de 2011

A Ordem Criminosa do Mundo

Documentário exibido pela TVE espanhola, que aborda a visão de dois grandes humanistas contemporâneos sobre o mundo atual: Eduardo Galeano e Jean Ziegler.

Do blog "olhar à esquerda, retirei esta observação que partilho:

O CAPITALISMO ASSASSINO,
NOVA ORDEM CRIMINOSA DO MUNDO.

UM DEMOLIDOR EXAME
DE CONSCIÊNCIA DO MUNDO

Entre os vários depoimentos que apresentamos mais abaixo num extraordinário vídeo, assumem especial importância os depoimentos, de dois pensadores, Eduardo Galeano, escritor, natural de Montevideu, Uruguai e Jean Ziegler, suíço, ex-professor de sociologia na Universidade de Genebra e da Sorbonne, Paris
Nas suas lúcidas, angustiantes e por vezes proféticas analises,






3 de Novembro de 2011
Vídeo censurado no Youtube

O vídeo que desapareceu do youtube, e que referi ontem, pode ser visto no Vimeo em http://vimeo.com/31322866 




Uma informação de que muitos órgãos de comunicação "evitaram" citar a origem:

Aprovado diploma do PCP sobre prescrição por princípio activo
Em defesa dos utentes e do Estado

A Assembleia da República aprovou, na generalidade, com os votos favoráveis de todas as bancadas (à excepção do PS, que se absteve) o projecto de lei do PCP que institui a prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI).

Com este processo legislativo que visa adoptar como regra no Serviço Nacional de Saúde a prescrição por princípio activo, incluindo no ambulatório, ainda que se esteja longe da legislação ideal, não deixa de ser um avanço merecedor de aplauso, sobretudo para quem, como o PCP, há mais de dez anos luta por este objectivo.

(ver em Jornal Avante!)



Militares mobilizam-se
Para a jornada do próximo dia 12, com concentração no Rossio e desfile até ao Ministério das Finanças, decidida no encontro nacional de 22 de Outubro, prossegue a mobilização de praças, sargentos e oficiais dos três ramos das Forças Armadas, com o apoio das respectivas associações profissionais.




147 multinacionais controlam riqueza mundial
Os senhores do planeta

Menos de um por cento das multinacionais controla cerca de 40 por cento da riqueza mundial, segundo revela um recente estudo de investigadores suíços que analisaram as ligações de 43 060 corporações transnacionais.



(ver em Jornal Avante!)


2 de Novembro de 2011

O blog Antreus, denuncia mais um caso de "censura" desta vez no Youtube.
Tal como aqui, neste blog por várias vezes foi denunciado a CIA e a DIA (militar) dos EUA controlam a informação que a Comunicação Social publica. Aqui vai o recorte:


1 de Novembro de 2011

No Diário.info foi publicado um trabalho de John Pilger que é importante ler. Fica aqui um "cheirinho":

O filho de África reclama as jóias da coroa do continente
John Pilger


Durante mais de uma década, os EUA tentaram estabelecer um comando no continente Africano, o AFRICOM, mas este foi recusado pelos governos receosos das tensões regionais que iria causar. A Líbia, e agora o Uganda, o Sudão do Sul e o Congo representam a grande oportunidade. Como demonstram a Wikileaks e a Estratégia Nacional Contra o Terrorismo, os planos dos EUA para África são parte de um plano global de acordo com o qual 60 000 forças especiais, incluindo esquadrões da morte, operam em 75 países. Como disse o então Secretário da Defesa Dick Cheney, os EUA querem simplesmente mandar no mundo.
Artigo completo (aqui) 




29 de Outubro de 2011

China expõe hipocrisia dos EUA em relação aos Direitos Humanos



1ª Parte

1. Sobre o Direito à vida, à propriedade e à segurança pessoal. 


A proliferação da violência criminal nos Estados Unidos constitui uma grave ameaça para a vida, a propriedade e a segurança pessoal de seus cidadãos.

Durante 2008, nos Estados Unidos ocorreram 4,9 milhões de crimes violentos, 16,3 milhões de delitos contra a propriedade e 137 mil pessoas foram vítimas de roubos, de acordo com um relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos publicado em setembro de 2009.

Nesse mesmo ano, a taxa de criminalidade se situou em 19,3 delitos violentos para cada mil pessoas de 12 anos de idade ou maiores (Vítimas de Crimes - 2008, Departamento de Justiça dos EUA, www.ojp.usdoj.gov). 

Ao longo de 2008, o país registrou mais de 14 milhões de prisões por todo tipo de delitos (exceto infrações de trânsito). O índice de detenções por crimes violentos foi de 198,2 pessoas por cada 100 mil habitantes (O Crime nos Estados Unidos, FBI, www.fbi.gov/ucr/cius2008/arrests/). 

Só na cidade de Nova York, foram registrados 461 assassinatos em 2009, ano em que a taxa de criminalidade se situou em 1.151 casos para cada 100 mil pessoas (www.usqiaobao.com ). 

A localidade de San Antonio, no estado do Texas, passou a ser considerada a mais perigosa entre as 25 maiores cidades do país, com 2.538 crimes cometidos para cada 100 mil habitantes (www.usqiaobao.com). 

Cerca de 30 mil pessoas morrem a cada ano nos Estados Unidos em acidentes com armas de fogo (www.usqiaobao.com). 

De acordo com um relatório do FBI, 14.180 pessoas morreram assassinadas em 2008 no país (www.usatoday.com). 

Os autores de 66,9% dos homicídios usaram armas de fogo em seus crimes, enquanto que em 43,5% dos roubos e 21,4% das agressões violentas seus autores portavam algum tipo de arma de fogo (www.thefreelibrary.com). 

As instalações escolares dos Estados Unidos foram cenário de numerosos crimes violentos, com o crescente aumento dos tiroteios ocorridos em escolas do país.

A Heritage Foundation dos Estados Unidos informou que 11,3% dos estudantes do ensino secundário na capital do país, Washington, afirmaram ter sido "ameaçados ou feridos" com uma arma enquanto se encontravam dentro das instalações de ensino em 2008 (www.heritage.org ).

Durante o período letivo de 2007-2008, a política respondeu a mais de 900 chamadas telefônicas relatando acontecimentos violentos em escolas públicas da cidade de Washington.
(www.heritage.org ).

Nos colégios públicos de Nova Jersey foram registrados 17.666 incidentes violentos em 2007-2008 (www.state.nj.us/education/schools/vandv/0708/). 

A Universidade de Nova York foi cenário de 107 crimes graves em cinco de seus campus entre 2006 e 2007 (www.nytpost.com).





27 de Outubro de 2011

Com o título 

O logro das «inevitabilidades»


publicou o Jornal Avante um interessante artigo de opinião de Aurélio Santos que pode ser visto na íntegra (aqui). Dele recortei estes parágrafos:


As medidas que este Governo está a tomar são tão marcadamente ditadas pelos interesses do grande capital financeiro e tão descaradamente injustas que o Governo e os partidos da direita que o apoiam não conseguiram encontrar um discurso credível para as justificar.
(...)
Porque nos escondem quem fez a dívida, como foi gasto o dinheiro, quem são os nossos credores? Porque haveríamos de pagar uma factura que nem sequer temos o direito de conhecer?
(...)
A convicção da nossa razão está a tornar-se uma força material capaz de se opor e de impedir o massacre social dos trabalhadores e dos povos.




sábado, 22 de Outubro de 2011 | 13:15
Líbia: Governo Venezuela acusa NATO de política de barbárie


O governo da Venezuela reiterou a sua condenação do «crime cometido no dia 20 de outubro de 2011 contra o líder líbio Muammar Khadafi», ao denunciar a «política de barbárie conduzida pela NATO e seus aliados na Líbia».
«A agressão militar unilateral e ilegal da NATO contra um país que não efetuou nenhum ato de guerra, semeia um triste precedente que poderá ser utilizado à conveniência do império contra qualquer nação do Sul que se interponha no caminho da sua política de domínio», refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, emitido na sexta-feira.
A nota realça que «as potências colonialistas» conduziram uma política violenta na nação africana para mudar o regime «em violação dos princípios mais básicos do Direito Internacional».
Diário Digital / Lusa 





16 de Outubro de 2011



Alguns pontos da análise do PCP


Das conclusões da reunião do Comité Central do PCP, lidas por Jerónimo de Sousa recortei os seguintes parágrafos:


Agravamento da situação económica


A evolução profundamente negativa da situação económica do país está patente na contínua destruição do tecido produtivo, na contracção do mercado interno, na ruptura das cadeias de pagamento, na asfixia e ruína dos micro, pequenos e médios empresários.


...uma grave recessão económica que será agora ainda mais profunda em resultado das medidas anunciadas esta semana pelo Primeiro-Ministro ao país. Medidas que são um roubo infame aos trabalhadores e ao nosso povo... 


Dose reforçada de veneno


...agravamento dos preços da electricidade, combustíveis, portagens, medicamentos e taxas moderadoras, cortes no investimento público, encerramento de serviços públicos, diminuição de apoios sociais, privatização de empresas públicas são, entre outras medidas previstas no pacto de agressão e que o governo PSD/CDS, com apoio do PS, se prepara para concretizar, uma nova dose reforçada de veneno para matar a economia e desgraçar o país.


Os "empréstimos" são um infame negócio para os bancos que levam o dinheiro e cobram-nos juros do que não pedimos emprestado


Entretanto, a aplicação do pacto de agressão terá como consequência a extorsão dos mais de 30 mil milhões de euros de juros do empréstimo do FMI e EU...


Estamos não em democracia mas numa feroz ditadura do capital


É cada vez mais evidente que o retrocesso do regime democrático e a destruição do seu conteúdo, político, económico, social e cultural é o objectivo estratégico do grande capital e dos partidos da política de direita na prossecução dos seus interesses de classe...


Colossal roubo organizado aos trabalhadores e a outras camadas anti-monopolistas


...Porque é um autêntico programa de saque e extorsão da riqueza nacional, quer por via de um “empréstimo”, quer por via da imposição das privatizações e entrega ao capital estrangeiro de sectores estratégicos da economia nacional e de serviços públicos. Porque é um colossal roubo organizado aos trabalhadores e a outras camadas anti-monopolistas, cujo resultado alimenta um saco sem fundo de apoio e benesses para a banca, a favor de quem é dirigida a parte mais substancial dos milhões de Euros do hipocritamente dito “empréstimo”. Porque põe em causa a independência e a soberania nacional, colocando o nosso país sobre um ainda maior domínio das grandes potências e do grande capital, numa inaceitável lógica de crescente dependência e subordinação...


Os sacrifícios que estão a ser exigidos aos trabalhadores e ao povo não são para ajudar o país, são para ajudar a banca!


...É uma evidência que o “memorando” do pacto de agressão não resolverá os problemas do país. E há uma verdade que já não pode ser escondida: os dolorosos sacrifícios que estão a ser exigidos aos trabalhadores e ao povo não são para ajudar o país, são para ajudar a banca!
Como a situação noutros países vítimas da mesma “ajuda” o demonstra, o “memorando” apenas aprofundará a crise e a recessão económica, a dependência externa, o desemprego e a pobreza...


Precisamos de uma política patriótica e de esquerda que tenha como objectivo o desenvolvimento económico


... O país não está condenado. É necessário uma política que imponha uma efectiva renegociação da dívida, uma política patriótica e de esquerda que tenha como objectivos o desenvolvimento económico, a elevação das condições de vida, a defesa e promoção do interesse público e dos direitos dos cidadãos, a defesa e afirmação da soberania, é possível um Portugal mais desenvolvido, justo e soberano...


O texto completo pode ser visto (aqui) 





14 de Outubro de 2011


MAIS 7000 MILHÕES € DE RIQUEZA PARA OS PATRÕES, NADA PARA OS TRABALHADORES, 
CORTE DE 1.682 MILHÕES € NO RENDIMENTO DOS PENSIONISTAS E DE 952 MILHÕES € AOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PUBLICA, MAS OS RENDIMENTOS DO CAPITAL CONTINUAM A SER POUPADOS AOS SACRIFICIOS: eis o que Passos Coelho anunciou

Tal como sucedeu com o subsidio do Natal em que praticamente os atingidos pelo IRS extraordinário foram apenas os trabalhadores e pensionistas, que têm de pagar ainda este ano mais 800 milhões € de IRS segundo as contas do próprio governo, tendo sido poupado os rendimentos do capital (dividendos, juros, mais-valias), também agora Passos Coelho anunciou para 2012 mais medidas de austeridade em que os atingidos são outra vez os trabalhadores, os pensionistas e os aposentados. 

Novamente os rendimentos de capital (dividendos, juros e mais-valias) ficam imunes aos sacrifícios.

A sobretaxa de IRC a aplicar às empresas com lucros elevados e o novo escalão de IRS aos rendimentos mais elevados foi criada por este governo com o objectivo de enganar a opinião pública. Em primeiro lugar, os valores a obter com elas são irrisórios (menos de 100 milhões € em cada) quando comparamos com os sacrifícios que estão a ser impostos aos trabalhadores e pensionistas. Em segundo lugar, porque não atinge a principal fonte de enriquecimento dos grandes patrões, que são os rendimentos de capital, ou seja, dividendos, mais valias, juros, etc., E estes rendimentos ou continuam isentos (a maioria), ou então aqueles que pagam IRS (apenas uma pequena parcela) estão sujeitos a uma taxa liberatória de 21,5% ou ainda menos que não é aumentada.

Para os grandes patrões não são as remunerações sujeitas a IRS que, embora gigantescas quando comparadas com as recebidas pela generalidade dos trabalhadores, constituem a principal fonte da sua riqueza, já que elas representam apenas uma pequeníssima parcela quando as comparamos com os dividendos, juros, e mais valias que são recebidas através de sociedades gestoras de participações sociais (SGPS) ou de Fundos, ou que são transferidas para empresas que criaram no estrangeiro, como a Amorim Energia sediada na Holanda através da qual recebe os dividendos da GALP, e que, de acordo com a lei fiscal portuguesa (artº 14 e 51 do Código do IRS, e artº 22º, 23º, 27º e 32º do Estatuto dos Benefícios Fiscais), todos eles estão isentas de pagamento de impostos. Para além disso, os grandes patrões facilmente fogem ao escalão mais elevado de IRS: Para isso, basta que reduzam a sua remuneração (até dão um “ar” de que estão a fazer também sacrifícios) e depois recebem esse valor através de dividendos cuja esmagadora maioria continuarão isentos. 



É evidente que ao poupar novamente os rendimentos do capital, este governo, para além de mostrar o seu espírito de classe, e que interesses defende, vai aumentar ainda mais as desigualdades e a injustiça em Portugal, e as dificuldades das famílias das classes médias e de baixos rendimentos.

Para que se possa ficar com uma ideia clara da dimensão desse ataque, e dos benefícios para os patrões, vamos quantificar apenas três das medidas anunciadas por Passos Coelho: o aumento de meia hora de trabalho por dia cuja produção reverte integralmente para os patrões, o corte no subsidio de férias e de Natal aos reformados e aposentados com pensões superiores a 1000€/mês e também aos trabalhadores da Função Pública.com remunerações superiores a 1000 euros/mês.

O AUMENTO DE MEIA HORA NO HORÁRIO DE TRABALHO DIÁRIO DÁ POR ANO AOS PATRÕES MAIS 7.002 MILHÕES € DE RIQUEZA

O GOVERNO DO PSD/CDS PRETENDE FAZER MAIS UM CORTE DE 1.682 MILHÕES NOS RENDIMENTOS DOS PENSIONISTAS E DE 952 MILHÕES NOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA

Eugénio Rosa , Economista -14.10.2011, edr2@netcabo.pt

Para ver o estudo na íntegra clique (aqui).
12 de Outubro de 2011







Indignados preparam ocupação da Praça da Bolsa de Londres
 Ocupar "pacificamente" a praça da Bolsa de Londres é o objectivo do protesto de 15 de Outubro na capital britânica, que pretende assim reproduzir o movimento em Wall Street, no centro financeiro de Nova Iorque.

Os organizadores querem instalar-se com tendas e cartazes no núcleo da City e "desafiar o poder detido pelo sector financeiro e o sistema que o regula e que estão a falhar em relação aos interesses das pessoas por todo o Reino Unido".

O local escolhido foi a Paternoster Square, junto à catedral de São Paulo, onde o Banco Espírito Santo tem escritórios, e onde a Bolsa de Londres se instalou em 2004.

Além do Ocupem Wall Street, nos EUA, o protesto é inspirado por outros movimentos em outras partes do mundo, nomeadamente pelos "indignados" em Espanha, as greves e protestos dos estudantes e trabalhadores na Grécia e os levantamentos populares no Médio Oriente, assim como a manifestação de 12 Março em Lisboa.


A principal semelhança está no modelo de assembleias públicas: Tomar decisões por se considerar que é uma forma de democracia direta e por criar um espaço para debate a quem queira intervir.


A primeira assembleia geral decorreu no domingo, durante uma acção de protesto contra as reformas do governo na Saúde na ponte de Westminster, perto do Parlamento.


Parar a agressão à Líbia


O Conselho Português para a Paz e Cooperação condena o massacre que há semanas está a ser perpetrado pela NATO e pelo CNT contra a população de Sirte e de outras cidades da Líbia.
Para além dos violentos bombardeamentos aéreos e terrestres que já provocaram inúmeras vítimas e o êxodo em massa da população em fuga dos bombardeamentos «humanitários», que não poupam hospitais e bairros residenciais, o brutal bloqueio à cidade está a intensificar-se provocando carências extremas de medicamentos, alimentos e água. É a própria imprensa internacional, que silenciou os massacres cometidos pela NATO ao longo dos últimos meses, a ser obrigada a reconhecer que Sirte enfrenta um verdadeiro desastre humanitário.




A guerra na Líbia, ao contrário do que foi apresentado pelas grandes potências e os média ocidentais, não tem nada a ver com uma suposta «defesa dos direitos humanos» ou dos «civis», como aliás provam os massacres de Sirte, precisamente contra civis líbios, os mesmos que a NATO diz querer «defender».
Como o CPPC há muito vem afirmando, a intervenção militar na Líbia é mais uma guerra pelo controlo dos recursos, semelhante às perpetradas contra os povos do Afeganistão e do Iraque. Uma guerra levada a cabo pelas grandes potências ocidentais, as mesmas que apoiaram até ao fim os regimes de Mubarak, no Egipto, e Ben Ali, na Tunísia, e que agora condicionam estes processos, procurando evitar que ali se desenvolvam autênticas revoluções patrióticas; são as mesmas que inviabilizam a criação do Estado da Palestina e que apoiam activamente Israel a prosseguir a ocupação; são ainda as mesmas que promovem a desestabilização interna da Síria, antiga adversária dos objectivos imperialistas dos EUA na região.
Os massacres da NATO em Sirte ou em Tripoli, como todos os que cometeu contra o povo líbio ao longo dos últimos meses, tornam ainda mais urgente a exigência de uma solução pacífica e negociada para o conflito líbio, sem interferências ou ingerências externas – nem mesmo do Secretário-geral das Nações Unidas.




O CPPC exige o fim dos bombardeamentos e do bloqueio a Sirte e a outras cidades líbias; a retirada imediata da NATO daquele país africano; a resolução pacífica e negociada do conflito pelo povo líbio.
O CPPC reclama ainda do Governo português que, em consonância com a letra e o espírito da Constituição da República (que está obrigado a cumprir) se bata por estas exigências nas instâncias internacionais em que participam, ao invés do seu apoio à agressão da NATO e à subversão do direito internacional, demonstrando ser cúmplice de um autêntico genocídio e de mais um atentado contra o direito internacional e o inalienável direito dos povos à sua autodeterminação.





11 de Outubro de 2011



Em Washington preparam-se grandes manifestações para dia 15

Em Portugal a nossa comunicação dita social não se mostra "interessada" em aprofundar os problemas do capitalismo e muito menos revelar as movimentações de indignação que se ampliam em todo o mundo. 

Contudo o mundo, gira e avança. Estão já concentrados em mais de 300 cidades dos EUA, como Seattle, Los Angeles, Houston, Dallas, Filadelfia, Chicago, Boston,  muitos manifestantes que decidiram ocupar as ruas como em Wall Street.   Os motivos da indiganação são o desemprego e a injustiça na distribuição da riqueza e ainda os que protestam contra a Guerra, em especial a do Afeganistão e pelos direitos civis. 



As suas armas são, sacos de dormir, cartazes, comida e agua nas mochilas. Na Praça Freedom, junto à Casa Branca estão já concentrados milhares de manifestantes, preparados para enfrentar a repressão policial. 
"O sistema está completamente corrupto, queremos acabar com as guerras e utilizar esse dinheiro para fomentar o emprego, a protecção ambiental e programas sociais" disse Lisa Simeone, uma das líderes do movimento local Stop the Machine. "Não queremos ser ricos, queremos viver com dignidade e que o dinheiro dos contribuintes seja bem gasto, na saúde e na educação. Em Wall Street os titãs das corporações nadam em dinheiro!"

Não têm prazo para o fim da sua luta apesar da autorização para permanecerem na Praça Freedom expirar no Domingo.
Até hoje Stop the Machine contava com 5 mil pessoas que se comprometeram a participar neste evento, porém esperavam superar amplamente este número.

É uma indignação com várias causas.“Como não haver futuro para os meus netos. As corporações estão roubando tudo, destruindo o planeta, mandam no governo, na nossa democracia, a menos que sejas um millonario não tens voz. É tempo de afastar as corporações das nossas vidas", insistio Vicky Rider, do grupo “Avós Indignadas”, que viajou de Carolina do Norte.






Declaração da Conferência europeia contra a austeridade e a privatização


Após um dia de intenso debate, análise e planeamento para a cooperação e a acção, a Conferência Europeia contra a austeridade e a privatização ouviu o secretário da Coligação de Resistência, Andrew Burgin, propor a seguinte Declaração, em nome do Comité Preparatório Europeu. A Declaração foi unanimemente aprovada pela Conferência, à qual compareceram mais de 600 pessoas.


Era mais do que tempo para esta conferência europeia. 


Os povos da Europa enfrentam uma crise social, política e económica sem precedentes. 


Nossos governos estão a implementar os mais selvagens cortes de despesas destinados a destruir todos os ganhos sociais do período posterior à guerra. Isto arruinará as vidas de milhões ao devastar empregos, pagamentos, pensões, saúde, educação e outros serviços. 
(...)
Enquanto o povo comum enfrenta grandes dificuldades, milhões de milhões de euros estão a ser despejados nos bolsos dos ricos. Nunca houve uma disparidade maior de riqueza entre o capital e o trabalho – entre ricos e pobres. 
(...)
Portanto apoiamos a resistência dos sindicatos através de greves e outras formas de acção industrial. Dizemos não a guerras imperialistas e à sua drenagem infindável de recursos e dizemos sim ao bem-estar social, paz e justiça. 
(...)
O caminho em frente depende tanto da resistência como da elaboração e promoção de uma estratégia económica alternativa: os bancos devem ser colocados sob controle democrático. Bancos privados devem ser socializados e os mercados financeiros regulamentados. (...) Deve-se renunciar à dívida ilegítima. Os credores devem ser considerados responsáveis. Nós não pagaremos pela sua crise. 
(...)
Prometemos apoiar 
-as mobilizações dos Indignados em 15 de Outubro, 
-as acções contra a dívida e Instituições Financeiras Internacionais de 8 a 16 de Outubro e,
as acções contra a cimeira do G20, em Nice, no mês de Novembro. 


O original encontra-se em http://www.europeagainstausterity.org/10/european-conference-declaration/ 


Esta declaração encontra-se em http://resistir.info/ .





10 de Outubro de 2011




Do Diário.info recortei estas partes de um texto de Miguel Urbano Rodrigues. Assunto que os nossos jornais e televisão parecem ter receio de abordar.


Os protestos de Wall Street e as lutas em Portugal
Miguel Urbano Rodrigues
10.Out.11




Nos últimos dias os protestos de Wall Street foram tema de manchetes em influentes media internacionais.


Em Washington o governo tenta desvalorizar o significado das manifestações que principiaram com a ocupação por um grupo de «indignados» da rua da Bolsa de Nova York, símbolo do poder do capital.


Mas o que parecia ser a iniciativa inofensiva de um punhado de jovens assumiu rapidamente as proporções de um protesto de dimensões nacionais.


A brutal repressão que no dia 1 Outubro atingiu os jovens que avançavam para Wall Street- mais de 700 prisões e espancamentos – suscitou uma vaga de indignação e gerou solidariedades inesperadas. O movimento alastrou a outras cidades e assumiu um carácter diferente, de contestação ao sistema responsável pela actual crise mundial.


É oportuno lembrar que no inicio dos ano 70 do século passado foram os protestos torrenciais da juventude estadounidense contra a guerra que forçaram Nixon a negociar com Hanoi a retirada dos EUA do Vietname...
(hoje) A repulsa crescente do povo americano pelas guerras neocoloniais do Iraque, do Afeganistão e da Líbia está a evoluir nos EUA para uma atitude de protesto contra o sistema do qual Wall Street, como vitrina do capital, é o símbolo.


Num dos desfiles uma estudante exibia um cartaz expressivo: «Ninguém é mais completamente escravizado do que aquele que acredita falsamente ser livre» -Goethe.
Noam Chomsky, Michael Moore e outras personalidades progressistas de prestígio internacional deslocaram-se a Wall Street e escreveram artigos apoiando o protesto.
A Casa Branca tem motivos para estar preocupada. Num país onde as fortunas de 400 multimilionários excedem os bens, somados, de metade da população - como lembra Michael Moore - as palavras de ordem dos manifestantes são agora mais radicais. Muitos passam da crítica ao sistema e da responsabilização dos banqueiros e especuladores à condenação do capitalismo.


QUE LIÇÕES PARA PORTUGAL?


Os media portugueses ditos de referência têm dedicado pouca atenção aos acontecimentos da Wall Street.


Para as forças progressistas, eles constituem, porém, tema de reflexão. Um dos seus ensinamentos é a demonstração inesperada de que no maior baluarte do capitalismo tem sido possível contestar o sistema nas ruas de forma permanente há mais de três semanas.


As manifestações de Lisboa e do Porto levaram o pânico ao grande capital. É significativo que a PSP tenha sem demora divulgado um comunicado no qual prevê que a contestação social às medidas do memorando da troika desemboque em «tumultos» e actos de violência «semelhantes aos do PREC».


Esse berro reaccionário vale por uma certeza: o aparelho repressivo do Estado, imitando o grego, prepara-se para infiltrar provocadores em protestos massivos que traduzam o descontentamento popular perante as calamidades que atingem o País. Alguns jornais antecipam-se, sugerindo que o PCP pode eventualmente surgir ligado a esses futuros «tumultos», não obstante ser do domínio público que o Partido Comunista sempre condenou a violência irracional (saque de lojas, incêndios, queima de automóveis e edifícios, etc).


A intenção de intimidar os trabalhadores que transparece no comunicado policial tem por complemento o slogan largamente difundido de que somos um povo diferente, de brandos costumes, que abomina a violência social.


Esse discurso e a linguagem usada ocultam mal o propósito de misturar alhos com bugalhos. Os tumultos, os saques, a destruição de edifícios não podem ser confundidos com acções legítimas de violência social. O abismo entre a violência irracional e a violência social é tamanho que até um destacado político de direita como Pacheco Pereira reconhece essa evidência em crónica publicada no jornal «Publico» (8.10.11) em que denuncia a especulação de governantes sobre «tumultos hipotéticos».


Chamo a atenção para o facto porque a luta de massas tende a radicalizar-se em Portugal como resposta defensiva inevitável a uma politica criminosa.


A anunciada semana de luta programada pela CGTP vai trazer algumas respostas a questões teóricas e praticas que condicionam o futuro do povo português.


Repito: os acontecimentos de Wall Street confirmam que o grande capital que controla o sistema de exploração responsável pela crise está preparado para absorver e neutralizar os protestos isolados, mas quando estes se tornam permanentes e assumem um carácter massivo, entra em pânico. O gigante tem pés de barro.


Vale a pena ler o texto integral publicado em: http://www.odiario.info/?p=2235 Para isso pode clicar (aqui).







9 de Outubro de 2011


Assinalaram-se na passada sexta-feira, 10 anos do início da agressão e ocupação do Afeganistão por parte dos EUA e da NATO. São dez anos de sangrenta e injustificável barbárie contra o povo afegão, que já causou dezenas de milhares de mortos e feridos e milhões de deslocados.



Ocorrida na sequência dos ataques de 11 de Setembro de 2001 a Nova Iorque e sob o pretexto de «combater o terrorismo», a agressão e ocupação do Afeganistão iniciou uma década em que o imperialismo, com destaque para os EUA, em conivência ou em aliança com outras potências e com a participação formal da NATO, elevou significativamente a sua agressividade e militarização, levando a cabo uma série brutal de ataques, invasões e ocupações em países soberanos, como o Iraque ou, mais recentemente, a Líbia – com o seu rol de centenas de milhar de mortos e estropiados e da degradação das condições de vida de milhões de seres humanos – numa estratégia de domínio global, de controlo de rotas e de recursos naturais, com destaque para os energéticos. Procurando assim, através da guerra e da usurpação da soberania e de recursos de outros povos, iludir ou encontrar uma (falsa) «saída» para a profunda crise em que se encontra e para a qual arrasta o mundo.

Mas apesar de todos os seus esforços, longe de terem conseguido estabilizar a situação militar no terreno, as forças ocupantes no Afeganistão, que deveriam começar a retirada ao fim de uma década, anunciam agora a permanência por um período muito mais dilatado de tempo, num país destroçado, num contexto regional agravado e perante um futuro incerto.
De 2001 a 2011 assistimos a um novo recrudescimento da militarização das relações internacionais e da corrida aos armamentos protagonizada pelos EUA e seus aliados, que juntos representam mais de dois terços das despesas militares de todo o mundo. Agressão após agressão, renovam-se as ameaças de ingerência e agressão, como as que pairam sobre a Síria.
Assinalar cerca de 3650 dias de guerra no Afeganistão é denunciar e condenar a brutal violação de direitos humanos, a criação de autênticos campos de concentração, a prática da tortura, o sequestro e as prisões ilegais e secretas, a profusão de medidas atentatórias das liberdades e garantias dos cidadãos, o propagar do racismo, da intolerância e da xenofobia.
Assinalar os 10 anos de guerra no Afeganistão é denunciar e condenar a participação de Portugal na agressão e subsequentes missões na ocupação desse país, sinal de uma política externa subserviente aos interesses das grandes potências, dos EUA e da NATO, que de todo não está ao serviço dos interesses dos portugueses, bem pelo contrário, nem em consonância com a Constituição da República Portuguesa nem com a Carta das Nações Unidas.
É uma evidência para todos os amantes da paz que se impõe travar esta espiral de guerra e destruição que ameaça todo a humanidade. Por isso, assinalar uma década de guerra no Afeganistão é acima de tudo reafirmar a necessidade de lutar pela paz. A guerra não trouxe uma melhor vida, nem maior segurança para os povos. É tempo de afirmarmos uma vez mais a nossa profunda convicção que a luta dos povos pela paz é necessária, e que é dela que surgirá um mundo mais justo e fraterno.
7 de Outubro de 2011
Conselho Português para a Paz e Cooperação






27 de Setembro de 2011


Com o Título:



A matança Líbia





O Diario.info publica a seguinte nota dos editores:



A palavra vândalos recorda uma horda guerreira que, segundo os historiadores da época, destruiu na Europa tudo por onde passava.
Transcorridos 1500 anos, um sistema de poder imperial hegemonizado pelos EUA vandaliza na África do Norte um enorme território (1 760 OOO Km2) escassamente povoado (6 milhões de habitantes). Arrasa infra-estruturas, pulveriza bairros inteiros, chacina os moradores, destrói tudo, excepto as instalações petrolíferas.
A execução do projecto criminoso principiou em Fevereiro com o «levantamento» de Benghazi, concebido com antecedência e comandado por tropas de elite da Grã-bretanha e agentes dos serviços secretos britânicos, da CIA e da Mosad israelense.
O plano previa uma vitoria rápida. Mas bombas da NATO continuam a explodir sobre o solo líbio transcorrido meio ano já. A agressão armada a esse pequeno povo configura uma violação indisfarçável da Resolução do Conselho de Segurança (imposta pelos EUA, França e Grã Bretanha) que criou a chamada «zona de exclusão aérea».
Em Agosto, os agressores, quando os «rebeldes» entraram em Tripoli, festejaram a fim da «guerra de libertação» e «a vitória da democracia».
Mentiram. A resistência do povo líbio prossegue em Sirte, Beni Walid, Gadhames, Sebhah, nos oásis do Fezão. Mesmo na capital a resistência aos invasores aumenta, tal como também em bairros de Benghasi, Misrata, Brega e outras cidades. E os aviões da NATO, que prolongou “por mais três meses” o seu falso mandato, bombardeiam diariamente as forças do governo legítimo quando estas põem em debandada a tropa fandanga do CNT.
Kadhafi, segundo a troika imperialista, permanece aliás na Líbia e dirige a resistência.
A ocultação da realidade não tem o poder de transformar em epopeia libertadora a agressão ao povo líbio, elogiada pelo Presidente Obama no discurso que pronunciou na Assembleia-geral da ONU como modelo exemplar de futuras cruzadas dos EUA.
É tempo de todos tomarem consciência de que na guerra líbia está espelhada a barbárie imperialista contemporânea.
Os Editores de odiario.info




21 de Setembro de 2011


Homenagem a Jaime Gralheiro




A Comissão Organizadora da Homenagem a Jaime Gralheiro, considerou a iniciativa realizada no Sábado passado, em S. Pedro do Sul, "um verdadeiro e retumbante sucesso".


Em comunicado reconhece que foi em boa hora que o PCP (DORViseu) e CICLafões, realizou a Homenagem devida e merecida ao Cidadão empenhado, ao Artista profícuo, ao Advogado de causas e ao Democrata de convicções, que Jaime Gralheiro sempre foi.


O Cine-Teatro de S. Pedro do Sul ficou completamente cheio. Sampedrenses, lafonenses, amigos, colegas e camaradas, gente de outras origens, ilustres desconhecidos e conhecidos, instituições (Ordem dos Advogados, Associação Ateísta de Portugal, a Câmara Municipal de S. Pedro do Sul e de Vouzela, a União Desportiva Sampedrense, a Associação José Afonso e o Cénico Grupo de Teatro Popular), ali quiseram estar e partilhar esse momento de enorme alegria.   


O Grupo de Cantares de Manhouce, o Cénico - Grupo de Teatro Popular, o Alafum e o grupo Vozes de Manhouce, com Isabel Silvestre, presentearam-nos com actuações brilhantes. Notáveis foram, também, as intervenções de Licínio Nazaré, José de Oliveira Barata, António Bica e Ruben de Carvalho. Tudo isto temperado pela mestria da apresentação de Mário Augusto.


Foram quase 4 horas ininterruptas de belíssimos momentos de expressão artística e de saber. Exaltante foi aquele momento em que o grupo juvenil Vozes de Manhouce cantou os temas "Acordai" e "Não fiques para trás ó companheiro", poemas de José Gomes Ferreira e de Carlos Oliveira, musicados por  Fernando Lopes Graça. 


António Bica, enviou-me as notas que leu e que aqui sintetizo, por revelarem um periodo histórico que é preciso não esquecer, "entre pouco depois de meados da década de 1960 e o 25 de Abril, durante quase 10 anos, o Jaime Gralheiro com outros em Lafões, em verdade não muitos, procuravam com o reduzido número dos inconformados do país mudar para melhor as condições políticas, sociais, culturais e económicas...".
"O que faziam não era muito, mas, juntos, com o impulso da evolução histórica, as consequências da desastrosa guerra colonial, o desenvolvimento económico do mundo sequente ao acelerar das novas tecnologias, a fuga para lá dos Pirinéus de muitas centenas de milhares de cidadãos entre os 20 e os 40 anos à procura de melhores condições de vida, a saída por acidente de Salazar do poder em 1968, procurámos ajudar ao avanço para as grandes mudanças políticas, económicas e sociais decorrentes do 25 de Abril de 1974".


"As condições de vida em Portugal enquanto Salazar se manteve no poder não eram boas". 
"O ensino público, além do primário, só nas capitais de distrito era ministrado e em poucas mais cidades. Aos filhos dos que nelas não viviam estava vedada a sua frequência a não ser que a família dispusesse de meios para isso, mesmo que com sacrifício".
"Todos os actos médicos e os medicamentos tinham que ser pagos. Os municípios, não o Estado, só asseguravam o pagamento deles aos que estivessem em condições de obter um certificado de indigência. A regra, quanto a saúde, entre a generalidade da população não abastada, era, quando adoecia, esperar que com caldos e chás o corpo se livrasse da doença. Só em casos extremos ia ao médico". 
"Com excepção dos funcionários públicos, poucos mais tinham direito a reforma. Quando se deixava de poder trabalhar, vivia-se do amparo dos filhos ou de outros familiares. Os que não tinham ninguém ou os familiares eram muito pobres corriam a região a pedir pelas portas. Quando fui criado, pelos anos de 1940 e 1950, todos os dias batiam à porta das casas da minha aldeia e das outras pobres a pedir. Era a reforma que tinham. Para não incomodarem os que viviam nas vilas, como andavam descalços, era proibido andar nelas sem calçado".
"Um reduzido grupo de donos de bancos, da maior indústria e de grandes interesses comerciais, nomeadamente nas colónias, controlava a economia do país e sustentava o regime político". 
"Quanto a liberdades vivia-se em Portugal tutelado pelo aparelho político e policial salazarista. Nenhum jornal se podia publicar nem escolher o seu director sem autorização prévia do governo. O que nele se publicasse tinha que ir a censura. Uma peça de teatro que se quisesse encenar tinha que passar também por ela. Se se publicasse um livro e a edição não agradasse ao regime era apreendido sem indemnização. As associações para fins culturais, de defesa de direitos profissionais, mesmo económicas como as cooperativas agrícolas estavam sujeitas a autorizações e outras interferências do governo". "Todas as tentativas de associação, mesmo informais, que o regime suspeitasse visarem a discussão de interesses gerais dos cidadãos  eram reprimidas".
"A Pide mantinha os cidadãos sob vigilância, pagando a vasta rede de informadores (os bufos) e era apoiada pelas informações das polícias, dos presidentes das Câmaras e até de alguns padres, que davam notícia do que lhes parecia ser actividade não conforme com o regime político, especialmente sobre os cidadãos considerados da “oposição”.
"A actividade política contra o salazarismo era ferozmente reprimida. Os cidadãos não podiam manifestar discordância das políticas do governo por qualquer forma (escrito,  manifestação pública pacífica e qualquer outra). Se o fizessem podiam ser presos, julgados por isso e demitidos de emprego público que tivessem como aconteceu a muitos dos melhores professores do país e outros funcionários".
"Não podiam ser providos em empregos públicos sem prévia informação não discordante da Pide. Podiam ser presos e mantidos sob prisão durante anos sem julgamento. Se fossem apresentados a tribunal pela Pide eram condenados, sendo julgamento feito em tribunais especiais para que o regime nomeava juízes que lhe davam garantia de condenar os acusados". 
"Até ao fim da segunda grande guerra o julgamento corria em tribunais militares. Depois, para fazer esquecer o empenhado apoio de Salazar aos regimes fascistas europeus, Alemanha e Itália, vencidos na guerra em 1945, ano em que decretou 3 dias de luto pelo suicídio de Hitler, passou o regime a simular a eleição dos deputados à chamada Assembleia Nacional, acabou com o campo de concentração do Tarrafal em Cabo Verde e criou tribunais especiais sem farda militar, mas sujeitos ao seu comando político, os tribunais plenários que julgavam, como se referiu, em estreita coordenação com a Pide".
"As condenações nesses tribunais, sempre a penas de prisão, tinham a particularidade, ao arrepio da generalidade dos sistemas penais, de serem prorrogáveis sem limite e sem novo julgamento pelos mesmos tribunais (...)"
"Os que, como Jaime Gralheiro, se não conformavam em Lafões com a opressão política do Estado Novo e o atraso social e económico de Portugal, lutavam como podiam, procurando evitar quanto possível a prisão, para que a organização política do país viesse a assentar na legitimação do poder nacional e do autárquico pelo voto periódico de todos os cidadãos, com liberdade de opinião, de expressão dela por todos os meios, de associação e de manifestação pacífica, que são indispensáveis para os cidadãos poderem exprimir-se comunicando uns com os outros, formando opinião sobre os assuntos públicos, a forma de governo que querem e quem deve exercer o poder por tempo limitado". 
"Esta era a frente principal de luta, que é indispensável que as condições de organização política de um país assegurem aos cidadãos as liberdades fundamentais para esclarecidamente escolherem a organização política por que optam e os governantes para exercer o poder por tempo limitado, serem culturalmente criativos e economicamente activos, que do desenvolvimento da economia de uma sociedade resulta o seu progresso".
António Bica relatou ainda o periodo marcelista que sucedeu a Salazar, que apesar da sua "evolução na continuidade" não acabou com os instrumentos de repressão política (a Pide, a União Nacional, a Legião, os tribunais plenários, a censura, a prorrogação sem limite das sentenças de prisão), mas abrandou um pouco os métodos repressivos, o que permitiu a intensificação e o alargamento da acção política da oposição ao regime em todo o país, e também em Lafões.
"O Cénico, encabeçado por Jaime Gralheiro, desenvolveu notável actividade teatral e mobilizou bom número de jovens em S. Pedro do Sul". Falou das lutas dos agricultores, pela devolução dos baldios aos povos, em que se destacou Jaime Gralheiro no patrocínio de acções judiciais e em edições comentadas da lei dos baldios, já após o 25 de Abril de 1974. 
Foram referidos episódios como "um acampamento de jovens progressistas em Lafões que queriam conhecer as condições de vida nos campos da nossa região", e o "apoio, com empenhada participação do Jaime Gralheiro, aos musicólogos Giacometi e Lopes Graça no notável trabalho de recolha em Lafões da sua música popular de grande qualidade", "na luta política e na cultural". Jaime Gralheiro "desenvolveu com grupo notável de jovens sampedrenses relevante acção de criação cultural, escrevendo teatro e levando-o à cena em luta difícil contra a censura e outros entraves. Jaime Gralheiro recentemente escreveu o livro “A Caminho do Nunca” onde aflora um pouco dessa actividade em Lafões". 
António Bica, terminou a narrativa, ilustrando casos de luta política que partilhou com Jaime Gralheiro na defesa do direito do povo de uma das aldeias de Paços de Vilharigues (Vouzela). 


Os mais interessados, poderão ver esta comunicação na integra clicando (aqui).


Gostaria de ter tido acesso a outras intervenções certamente também muito interessantes de Licínio Nazaré, José de Oliveira Barata, Ruben de Carvalho e Carlos Carvalhas, mas não as consegui ainda.


Mais informações podem ser vistas (aqui).








20 de Setembro de 2011 | 12:24

(do Diário Digital)

Kadhafi diz que seu regime ainda vive e é baseado no povo

Muammar Kadhafi, considerou a atual situação no país de «farsa» e pediu à população que não acredite na queda do regime numa mensagem de áudio hoje divulgada.
Na gravação transmitida pela rede de televisão síria Arrai, acrescentou que os aviões da NATO, não poderiam continuar as operações na Líbia. Segundo Kadhafi, a sua liderança foi estabelecida com base na vontade do povo e não pode ser retirada.


«O que acontece na Líbia é uma farsa que só é possível graças aos bombardeamentos aéreos, que não vão durar para sempre», disse.


«O sistema político na Líbia é um sistema baseado no poder do povo. É impossível que esse sistema seja removido», afirmou. 






12 de Setembro de 2011


Crise? Para quem?


Do Jornal de Negócios retirei esta notícia:
Porsche regista Agosto recorde de vendas



“Estou convencido de que estes resultados nos apontam uma plataforma estável para implementarmos a nossa estratégia 2018. O novo Porsche 911 Carrera, que celebra a sua apresentação mundial no Salão Automóvel de Frankfurt, está destinado a clientes novos e actuais”, revelou Bernhard Maier.

Nos primeiros oito meses do exercício deste ano fiscal a multinacional alemã comercializou um total de 80.412 unidades em todo o mundo, o que representa um aumento de 30,1% face ao período homólogo do ano anterior.

Mesmo considerando os modelos mais baratos temos que considerar valores acima dos 100.000 euros para estes carrinhos, o que mostra as dificuldades que têm os "trabalhadores" nas suas deslocações diárias para o trabalho.


Ver notícia completa em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=505553 






27 de Agosto de 2011




NÃO HÁ ALEGRIA E SIM TERROR 
NÃO HÁ LIBERDADE E SIM OCUPAÇÃO ESTRANGEIRA 

A agressão imperialista contra a Líbia consumou-se com a tomada de Tripoli. 
Os bandos de "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição, arvorando a bandeira da defunta monarquia líbia, serviram apenas como encobrimento da intervenção activa da NATO. Os seus bombardeamentos selvagens contra alvos civis e os seus helicópteros artilhados é que decidiram esta guerra não declarada. 
Milhares de líbios morreram sob a agressão da NATO, mandatada pela ONU para "salvar vidas". Registe-se a bravura e coragem do governo Kadafi, que aguentou durante seis meses uma guerra impiedosa promovida pelas maiores potências do planeta. A ficção de que se tratava de uma guerra "civil" foi completamente desmentida pelos factos. Foram precisos 8000 raids de caças-bombardeiros da NATO para decidir esta guerra neocolonial. 
O futuro próximo da Líbia é negro. As suas reservas monetárias e financeiras – depositadas em bancos ocidentais – foram roubadas pelas potências imperiais (tal como aconteceu com as do Iraque). E os abutres vão agora à caça dos despojos, à repartição do botim, aos contratos polpudos. Os bandos do CNT, uma vez findo o enquadramento de mercenários, podem começar digladiar-se entre si. 
A desinformação sobre a Líbia foi e é gritante em todos os media ditos "de referência". Eles foram coniventes activos da agressão imperialista contra o povo líbio. Hoje, a generalidade dos media já não serve para o esclarecimento e sim para o encobrimento e a mistificação.


Artigo de http://resistir.info/




Solidariedade para com o povo Líbio


O Partido Comunista Brasileiro (PCB) manifesta sua indignação militante e condena com veemência a ocupação da Líbia pelas tropas da OTAN, travestida de proteção à população do País e apoio humanitário. Trata-se de uma das mais vergonhosas intervenções do imperialismo numa nação soberana, o que demonstra que, diante da crise sistêmica global, a bestialidade e a ganância imperiais não têm mais limites. O PCB também manifesta a sua solidariedade aos combatentes e milicianos líbios que estão enfrentando heroicamente a maior máquina militar do planeta.




20 de Agosto de 2011


Em visita à Líbia, o deputado brasileiro Protógenes Queiroz revela que o apoio popular ao presidente Muamar Kadafi é enorme



Pelo que percebo a maior parte do povo líbio está com Kadafi. Inclusive as mulheres estão armadas e participando do enfrentamento contra as forças rebeldes da CNT (Comitê Nacional de Transição), força que de forma desorganizada está combatendo o governo atual com o forte apoio da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que sabidamente tem interesses econômicos e políticos na sua intervenção. Trípoli é bombardeada todas as noites e alvos civis estão sendo atingidos.


Na Líbia, 90% da população têm casa própria, automóvel, saúde e educação pública. O país está em pleno desenvolvimento e o mais interessante é que não existia violência antes de começarem os ataques da Otan. O absurdo é que os mesmo ataques, que geram a violência, tem em sua justificativa a manutenção da paz.


Pelas informações que obtive, o regime de Kadafi ... está disposto a construir uma proposta de paz com a elaboração de um plebiscito para que o povo decida qual regime quer na liderança do país. 


Entendo que o plebiscito é a melhor saída para este momento triste da história da Líbia, desde que a negociação seja articulada entre as duas forças e não haja intervenção internacional como a que ocorre atualmente, que incentiva a violência e atos de terror. O povo líbio não merece este tratamento violento e desumano.


artigo em http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=161864&id_secao=9

19 de Agosto de 2011


Ainda sobre Nouriel Roubini


Igualmente interessante é a entrevista do mago das Finanças, Nouriel Roubini, ao Wall Street Journal. Roubini, conhecido pela proeza de ter previsto a crise que arrancou em 2008, conclui que com o cenário de crise que está em cima da mesa, afinal de contas Karl Marx tinha razão: "A certa altura o capitalismo pode auto-destruir-se". "Julgávamos que os mercados funcionavam, mas não funcionam. E o que, em termos individuais é racional - cada empresa sobreviver cortando os custos do trabalho [torna-se irracional] - mas menos custos de trabalho transformam-se em menos rendimento e em menos consumo para outros". E Roubini invoca o paradoxo keynesiano, cujas "atrocidades" foram denunciadas pelos economistas liberais da moda. "Se não se cria emprego, não há suficiente consumo, logo não há procura". Ora, "se toda a gente gasta menos e poupa mais no sector privado e público, temos o paradoxo keynesiano". Ou seja, se toda a Europa decidir ao mesmo tempo avançar com programas de austeridade toda a gente está a poupar e ninguém gasta: nenhum europeu vai estar disponível para comprar as nossas desejadas exportações, de onde nos pode vir algum alívio. Nenhum espanhol, nenhum italiano, nenhum britânico, nenhum grego, nenhum irlandês vai querer comprar os nossos sapatos (para apontar uma indústria que ainda está em expansão).

Existem soluções, não há é nenhuma vontade política de dar a volta ao texto - nem na Europa nem nos Estados Unidos, nem em sítio nenhum. Mas quando um multi-milionário grita contra o poder por proteger os multimilionários é porque chegámos, se calhar, a um exagero. Até Berlusconni, que não é de esquerda, já percebeu qualquer coisa.


16 de Agosto de 2011


Do Blog Antreus, de António Abreu, retirei esta confissão:



"Marx tinha razão. A certa altura o Capitalismo pode destruir-se a si próprio", diz hoje em entrevista ao Wall Street Journal, Nouriel Roubini





6 de Agosto de 2011


Hiroshima e Nagazaki há 66 anos


Da enciclopédia Wikileaks, recortei o seguinte trecho para recordar uma das muitas grandes barbaridades dos EUA:


"Os Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki foram ataques nucleares ocorridos no final da Segunda Guerra Mundial contra o Império do Japão realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos da América na ordem do presidente americano Harry S. Truman nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de 1945.[1] Após seis meses de intenso bombardeio em 67 outras cidades japonesas, a bomba atômica "Little Boy" caiu sobre Hiroshima numa segunda-feira.[2] Três dias depois, no dia 9, a "Fat Man" caiu sobre Nagasaki. Historicamente, estes são até agora os únicos ataques onde se utilizaram armas nucleares.[3] As estimativas, do primeiro massacre por armas de destruição maciça, sobre uma população civil, apontam para um número total de mortos a variar entre 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki,[4] sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação.[5]".


Ver ainda:
http://anonimosecxxi.blogspot.com/2011/08/ha-66-anos-hiroshima-e-nagasaki.html


http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/


http://cravodeabril.blogspot.com/


http://ocastendo.blogs.sapo.pt/1220014.html








Os custos das guerras


De um artigo transcrito por Resistir.info, retirei esta infrormação de Michael Hudson (*), que é um exemplo típico de duas facetas de uma política do imperialismo - fase superior do capitalismo, de predomínio financeiro - e que tem sempre por objectivo o domínio dos ricos, cada vez mais ricos, à custa dos povos.
"O presente aumento da dívida do Tesouro dos EUA resulta de duas formas de guerra. Primeiro, a claramente militar Guerra do Petróleo no Médio Oriente, desde o Iraque ao Afeganistão (Pipelinistão) e à Líbia rica em petróleo. Estas aventuras acabarão por custar entre US$3 e US$5 milhões de milhões (trillion). Segundo, e ainda mais caro, é a mais encoberta e ainda mais custosa guerra económica da Wall Street contra o resto da economia, exigindo que perdas de bancos e instituições financeiras sejam transferidas para o balanço do governo ("contribuintes"). Os salvamentos de "almoços gratuitos" para a Wall Street – não por coincidência, o contribuidor número um de campanhas políticas para o Congresso – custam US$13 milhões de milhões". 
[*] Ex-economista da Wall Street. Professor e investigador da Universidade de Missouri – Kansas City. Autor de Super Imperialism: The Economic Strategy of American Empire (new ed., Pluto Press , 2002) e Trade, Development and Foreign Debt: A History of Theories of Polarization v. Convergence in the World Economy. mh@michael-hudson.com 

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/hudson08032011.html 



30 de Julho de 2011




Povo Líbio resiste a mais de cinco meses de violentos bombardeamentos e ataques diários da NATO e da Grã-Bretanha, EUA, França e Itália, com poderosíssimos meios de guerra.

Kadafi compareceu e falou perante uma grande manifestação popular na cidade de Zawiyah. Nesta cidade o povo afastou os chamados revoltosos o que motivou que Kadafi, tivesse dito "o povo líbio adquiriu o estatuto de líder da luta contra o imperialismo e contra a tirania da época actual, face a sua grande resistência a meses de violência do inimigo".
Disse ainda que a Líbia se converteu na linha da frente da defesa da Africa.
Confirma-se o vaticínio de Fidel Castro: "Kadafi converte-se no mais popular e amado líder a enfrentar o imperialismo". 




Desesperados com a grande adesão do povo na defesa do seu país, a NATO decidiu bombardear as estações de televisão da Líbia.


28 de Julho de 2011


Quatro Perguntas ao Jornal Público


"Jornalismo" do Público!


As autoridades de Trípoli reagiram furiosamente ao reconhecimento feito ontem pelo Reino Unido do movimento rebelde como “único governo legítimo” no país, mergulhado em conflito há mais de cinco meses...

Primeira

Porque será que a reacção, que noutras circunstâncias seria normal é apelidada pelo Público de FURIOSA?

Segunda
Porque será que é considerado legítimo um governo de rebeldes que apesar de apoiados por forças poderosíssimas da NATO, EUA, GrãBretanha, França e Itália, com bombardeamentos diários e sistemáticos, com especialistas e estrategas, com fornecimento massivo de armamento, está há cinco meses sem conseguir o apoio das populações da Líbia?

Terceira


Como é que um ditador que é repudiado tem o apoio suficiente para resistir a tão poderosos ataques há cinco meses?


Quarta


Porque será que o "jornalismo" do Público teima em considerar os seus leitores de parvos?




17 de Julho de 2011


Os bons negócios!


Do Jornal A Bola, retirei esta confissão:



Presidente do Fundo Europeu diz que resgate da dívida portuguesa tem sido bom negócio


O presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) considerou, este domingo, que os resgates das dívidas portuguesa e irlandesa têm sido um bom negócios para os países que lhes concederam garantias, nomeadamente para a Alemanha. 


«Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão», disse Kalus Regling, em entrevista ao Frankfurter Allgemenine Zeitung.



10 de Julho de 2011


Silêncios significativos


Quase não se ouve falar da Líbia mas os "bombardeamentos humanitários" prosseguem e com eles as mortes de inocentes.
Da edição em inglês do jornal russo Pravda, hoje uma publicação privada, são feitas, entre outras, as seguintes perguntas sobre a Líbia:
"Segundo qual resolução da ONU a NATO tem o direito de matar civis?
Por que é que a NATO matou o fillho do coronel Gaddafi, se seu mandato era impor uma zona de exclusão aérea para proteger civis? 
Por que é que a NATO bombardeou a casa de Gaddafi e matou três netos do coronel? 
Por que não houve responsabilização pelo assassínio de crianças inocentes? 
Por que não se acusam Cameron, Sarkozy ou Obama de frio assassinio de crianças? 
Por que é que a NATO tenta matar o coronel Gaddafi? 
Por que os líderes dessa carnificina mudaram de tom, passando a declará-lo alvo legítimo? 
Com que direito a NATO ataca estruturas civis, como faz no Iraque, com equipamento militar?"


24 de Junho de 2011


O que os jornais escondem


A Guerra na Líbia é sustentada nas mentiras e na prepotência da NATO. É cada vez mais claro que a intenção de invadir a Líbia nada tem a ver com a defesa do povo. O povo líbio está a sofrer e a morrer devido à tentativa desesperada de apoiar rebeldes armados pelas potências imperialistas para destruir o governo líbio e entregar o petróleo às grandes multinacionais. É a grande maioria do povo que toma nas suas mão a defesa da Líbia contra a NATO e os invasores.


Do blog Civilizacion Socialista recortei o seguinte:



Las gloriosas mujeres libias al frente de la guerra de resistencia nacional antiimperialista

El líder Gadafi ha declarado:  
"Pero aquí en Libia lo que encararán será a un millón más un millón más un millón de gente armada. Primera vez será que harán la guerra contra una población armada de hombres y mujeres dispuestos y dispuestas para la batalla.
En el pasado decíamos que los hombres defenderían a las mujeres; pero ya las mujeres se defienden solas en Libia. Ya han superado a los hombres en su calidad de defensoras de la Patria, en vocación y resistencia".

Ver o artigo completo aqui


Também no Jornal de Angola foi publicado um artigo de que extraio as seguintes passagens:


Kadhafi afirma que irá prosseguir a batalha


Trípoli - O coronel Muammar Kadhafi afirmou (...), numa mensagem sonora transmitida pela televisão líbia, citada quinta-feira pela AFP "Vamos resistir e a batalha continuará até ao fim, até atingirem os vossos objectivos. Mas nós não iremos parar", declarou Kadhafi numa homenagem ao seu companheiro, Khouildi Hmidi, que viu perder vários membros da sua família segunda-feira durante os ataques da OTAN sobre a sua residência. "Não estamos com medo. Não estamos a procura de viver ou de nos salvar", disse, denunciando uma cruzada lançada contra um país muçulmano tendo como alvo os civis e as crianças.


Segunda-feira, a OTAN efectuou um ataque aéreo em Sorman, 70 km a oeste de Trípoli, que atingiu uma residência de Khouildi Hmidi, um político influente e antigo companheiro do líder Muammar Kadhafi, causando a morte de 15 pessoas, segundo as autoridades. Vários membros da família Hmidi morreram no ataque, incluindo três crianças.


A OTAN admitiu ter realizado um "ataque de precisão" contra um "centro de comando e de controlo de alto nível".


"Com que direito voces pretendem atingir os políticos e as suas famílias?", denunciou em voz alta o coronel Kadhafi.


Afirmou que o escritório de Khouildi Hmidi em Trípoli foi bombardeado quatro vezes.


"Eles procuraram-no por ser um heroi. Quando não o encontraram no seu escritório, queriam matá-lo em sua casa", disse.


Apelou à ONU para enviar investigadores à residência bombardeada de Hmidi para verificar que é um lugar civil e não militar como diz a OTAN.


Prometeu igualmente construir um monumento, "o mais alto do Norte de África" em memória à Khaleda, neta de Hmidi de quatro anos morta no ataque, segundo as autoridades de Trípoli.
  
"Nós ficaremos, vamos resistir e não vamos nos submeter. Lutem com os vossos mísseis dois, três, dez ou cem anos", insistiu o coronel Kadhafi.




17 de Junho de 2011
Muitas perguntas e algumas respostas 


Na Página Inicial deste blog coloquei, ontem, um conjunto de perguntas.


Do Jornal "Exame Expresso" do passado dia 12 recortei o seguinte:


...a agência Fitch, veio ameaçar na quarta-feira que poderia baixar no princípio de agosto o rating dos Estados Unidos ... se se verificar qualquer default técnico ou moratória na altura do vencimento de letras do Tesouro americano no valor de 30 mil milhões de dólares a 4 de agosto, e se o assunto não for resolvido até 11 de agosto, quando há novo vencimento de dívida. Na semana anterior tinha sido a vez da Moody's Investors Service a ameaçar que procederia a uma revisão da notação dos Estados Unidos em julho se o assunto continuar no pé atual.


Este problema deriva do facto do nível máximo de endividamento federal já ter sido atingido a 16 de maio. Um conjunto de medidas extraordinárias tomadas pelo secretário do Tesouro, Tim Geithner, permitiu adiar a situação de rutura até 2 de agosto.


A dívida pública americana atingiu os 14,3 biliões de dólares. Cada cidadão americano nasce com 143 mil dólares de dívida ao pescoço desde que o cordão umbilical é cortado. O PIB americano foi de 14,7 biliões no ano passado, pelo que a dívida pública é praticamente 100% do PIB.


Mal estar económico: retoma que não retoma


Os números da economia americana continuam a desagradar. E muitos analistas e economistas falam do risco de uma recaída na recessão - double-dip na designação inglesa. O desemprego, segundo o relatório do US Bureau of Labor Statistics de 3 de junho, atingiu os 13,9 milhões de pessoas, uma taxa de desemprego de 9,1% em final de maio, em que o desemprego estrutural é de 45,1% e o desemprego entre os jovens é de 24,2%. É o mais alto desemprego estrutural desde 1969 . O número mais elevado neste período foi em janeiro de 1983 com cerca de 3 milhões - hoje são 7 milhões.
...
A economia americana vive em 70% do consumo interno e este está afetado por duas doenças: o desemprego (já referido) e a quebra brutal no valor do imobiliário detido pelas famílias americanas...


Este desapontamento ocorre em simultâneo com uma economia totalmente inundada por dinheiro quente. A base monetária dos EUA atingiu agora um recorde de 2,5 biliões de dólares (€1,75 biliões, €1750 mil milhões). Há menos de 3 anos, durante a bolha, essa base monetária era de 820 mil milhões de dólares, ou seja a intervenção monetária na economia desde a crise gerou um aumento de 300% - o que compara com os magros 44% entre 2000 e 2007.


Quem beneficiou da injeção monetária?


Para onde foi essa inundação de dinheiro? Não para a economia real. Os bancos aumentaram as suas reservas na Reserva Federal (FED) e embrenharam-se na especulação financeira uma vez mais.


Peter Cohan, em declarações ao Expresso, é muito claro sobre esta política de Bem Bernanke: "Já vimos que o efeito desta injeção de dinheiro não levou ao crescimento do emprego - as empresas estão a 'armazenar' o dinheiro nos seus balanços, os bancos usam-no para comprar títulos do Tesouro em vez de emprestar às empresas e os traders utilizam-no para especular nas commodities".


Paul Krugmam colocou os nomes nos bois na sexta-feira passada na sua coluna no The New York Times com um artigo sugestivamente intitulado: "Governados por rentiers". Rentiers é a palavra francesa, usada em economia, para os que vivem de rendas financeiras. Diz o Nobel: "Estou cada vez mais convencido de que [a paralisia das políticas transatlânticas] é uma resposta à pressão de grupos de interesse. Conscientemente ou não, os decisores estão a servir quase exclusivamente os interesses dos rentiers"...


Portanto, parece que pelo menos a pergunta, "onde está o dinheiro?" está respondida: Nos banqueiros, do capitalismo financeiro.






15 de Junho de 2011
Do Jornal de Angola:


Líbia vítima do "caos manejado"


"o Ocidente engendrou os distúrbios na Líbia, armou a chamada oposição e desencadeou no país a guerra civil, apoiando militarmente os rebeldes para combater o exército de um país soberano. Dito de outra outra forma, a Líbia tornou-se a vítima do “caos manejado”.


A Rússia apoiou de imediato o cessar-fogo e está em condições de assegurar uma zona sem vôos, segundo as cláusulas da resolução 1973, para a defesa da população civil e a salvaguarda da paz. A Alemanha continua numa política de não se comprometer com a guerra de assalto ao petróleo.
Como disse o Presidente russo D. Medvedev, as forças da coligação não têm que sair dos limites impostos pela resolução do Conselho da Segurança da ONU. Reforçando a posição do seu Presidente, o ministro da Defesa da Rússia, A. Serdiukov, afirmou que todas as operações que possam prejudicar ou prejudicam efectivamente a população civil têm que ser paradas. Mas se isso acontecer, o petróleo e o gás continuam fora do controlo das grandes potências ocidentais. Por isso, a guerra continua. E o assassinato de civis e “rebeldes” nos bombardeamentos da OTAN continua também". 


O que era a Líbia
Até Fevereiro deste ano, o rendimento per capita era 13.800 dólares, duas vezes mais do que na Ucrânia, Egipto e Argélia, e 1,5 vezes mais do que a Tunísia. 
O nível médio salarial é de 1.000 dólares. Até ao início da revolta, cada cidadão líbio recebia tudo do Estado para satisfazer as suas necessidades básicas. Transporte, energia, gás para fins domésticos e combustíveis chegavam à população a preços baixos. Todos os habitantes têm habitação gratuita. O subsídio de maternidade é de 8.000 dólares.
A Líbia ocupava o primeiro lugar entre os países africanos pelo nível da vida da população e a esperança de vida é de 77 anos. Em geral, os direitos humanos foram cumpridos melhor do que em alguns países democraticos da Europa e da Ásia.
Perante esta realidade, é justo dizer que apenas o “baixo” nível de vida da população, a falta de democracia e o “estilo” de Kadhafi na direcção do país é pouco para justificar a agressão armada das potências ocidentais.


Alguns peritos internacionais alegam que a causa principal da guerra contra a Líbia é o jazigo de petróleo líbio com um volume à volta de três mil milhões de toneladas. E o gás com 657 mil milhões de metros cúbicos. Essas riquezas estão fora do controlo das grandes potências ocidentais. Por isso, impuseram a guerra.


O caos instalou-se no país a 17 de Fevereiro, com acções antigovernamentais através do uso de armas, o que tem que ser considerado como crime organizado e, consequentemente, tratado de uma forma especial pelos instrumentos especiais do Estado. O que é que foi feito?
A comunidade internacional, sob iniciativa dos EUA, adoptou sanções contra a Líbia, que se traduziram no uso da força, através da OTAN, e no apoio aos rebeldes que pretendem derrubar o Presidente Muammar Kadhafi. Mas a mais perigosa cláusula da resolução é o direito de tomar “todas as medidas necessárias” para a defesa da população civil. 
É isso que está a ser feito?




9 de Junho de 2011


Do blog  "As palavras são armas"  recortei este trecho (clique aqui para ver o post completo) muito oportuno:


«A mediocridade é moralmente perigosa e globalmente nociva em certos momentos da história em que reina o clima da mediocridade.Épocas há em que o equilíbrio social se inclina em seu favor. O ambiente torna-se refractário a todo o anseio de perfeição; os ideais esgotam-se e a dignidade ausenta-se; os homens acomodatícios têm a sua primavera florida. Os Estados convertem-se em mediocracias; a falta de aspirações, que mantenham um alto nível moral e cultural, aumentam continuamente o lamaçal.
Embora isolados passem despercebidos, em conjunto constituem um regímen, representam um sistema especial de interesses inalteráveis. Subvertem a escala de valores morais, falseando nomes, desvirtuando conceitos; pensar é um desvario, a dignidade é irreverência, é lirismo a justiça, a sinceridade é tontice, a admiração uma imprudência, a paixão ingenuidade, a virtude uma estupidez.
Vivem da mentira, nutrem-se dela, semeiam-na, regam-na, podam-na, e colhem-na. Assim cresce um mundo de valores fictícios que favorecem o horizonte dos obtusos.»

30 de Maio de 2011



A CPPME-Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas, emitiu um Comunicado/apelo: 

SOBREVIVER, SUSTER E DESENVOLVER
  
de que recorto o seguinte:

A CPPME considera que a única saída da crise económica e social em que estamos atolados só é possível com uma dinâmica que incremente a produção interna de produtos e bens, reduza drasticamente a importação e fomente a exportação.


Para que a recuperação se concretize é necessário aliviar os custos de produção nas MPME’s (Micro, Pequenas e Médias Empresas) e regulamentar a distribuição comercial, favorecendo a produção nacional e a sua colocação no mercado.


- O fim do Pagamento Especial por Conta;


- A entrega do IVA quando efectivamente cobrado;


- A redução do IVA;


- A diminuição do IVA na restauração;


- O reembolso simplificado e célere do IVA;


- A redução da tributação autónoma de IRC;


- Fim ao licenciamento de novas grandes superfícies e mega centros comerciais;


- Encerramento do comércio ao domingo;


- Simplificação do acesso ao crédito;


- Spreads bancários com tecto máximo regulado;


- Benefícios com redução de custos às MPME’s nos consumos energéticos;


- QREN sem discriminação negativa para as Micro e Pequenas Empresas;


- Isenção de IMT na aquisição de imóveis para funcionamento próprio;


- Isenção de IMI em imóvel para funcionamento próprio, nos primeiros 5 anos após a aquisição;


- Direito a prestação social de apoio nos encerramentos forçados.


A CPPME, em pleno período eleitoral, vem lembrar que os desfavoráveis diferenciais de carga fiscal e outros existentes entre as MPME’s portuguesas e as suas congéneres, espanholas e francesas, não nos possibilitam à partida concorrer com estes, em igualdade de circunstâncias, a não ser que se pratiquem salários muito baixos que compensem os desequilíbrios nos custos, medida que a CPPME rejeita liminarmente, já que a diminuição do poder de compra leva a menor consumo interno, exacerbando, desta forma, as dificuldades para as MPME’s existentes, com consequências nefastas para os portugueses.


Cumpra o seu dever cívico votando.
(Para ver o comunicado completo Clique aqui).




27 de Maio de 2011
  

Quando a austeridade falha

por Paul Krugman



Paul Krugman prémio Nobel da Economia e conceituado economista norte-americano, critica duramente os planos de austeridade na Europa, onde se insiste no equilíbrio dos orçamentos como solução para todos os males.

Para Krugman, “na base desta insistência estão fantasias económicas, em particular a crença na fada da confiança – ou seja, a crença de que cortar gastos vai criar empregos, porque a austeridade fiscal irá aumentar a confiança do sector privado”. Em artigo recente Krugman escreve o seguinte:





O governo da Grécia, vendo-se em posição de pedir dinheiro emprestado a um custo apenas ligeiramente superior ao que a Alemanha tinha de pagar, endividou-se demasiado. Os governos da Irlanda e da Espanha não o fizeram (Portugal fica no meio), mas os seus bancos sim, e quando a bolha rebentou os contribuintes viram-se encurralados pelas dívidas dos bancos. O problema foi agravado pelo facto de o boom de 1999-2007 ter feito subir os preços e os custos nos países endividados a um nível muito superior ao dos dos seus vizinhos.
Que fazer? Os líderes europeus ofereceram empréstimos de emergência aos países em crise, mas apenas em troca de compromissos com programas de austeridade selvagens, feitos sobretudo de cortes da despesa. A objecção de que estes programas põem em causa os seus próprios objectivos – não só impõem efeitos negativos drásticos à economia, mas ao agravar a recessão reduzem a receita fiscal – foi ignorada. A austeridade acabaria por estimular a economia, dizia-se, porque aumentaria a confiança.
Ninguém adoptou a ideia da austeridade como estímulo da economia com mais convicção que Jean-Claude Trichet, o presidente do Banco Central Europeu (BCE). Sob a sua liderança, o banco pregou o rigor financeiro como elixir universal a aplicar de imediato em toda a parte, incluindo em países como o Reino Unido e os Estados Unidos, onde o desemprego continua alto e que não estão a sofrer a pressão dos mercados financeiros.
No entanto, como já disse, a fada da confiança até agora ainda não apareceu. A crise económica nos países europeus com problemas de endividamento agravou-se, como seria de esperar, e a confiança, em vez de aumentar, está em queda livre. Tornou-se evidente que a Grécia, a Irlanda e Portugal não serão capazes de pagar as suas dívidas na totalidade, embora Espanha talvez se aguente.
Se quiser ser realista, a Europa tem de se preparar para aceitar uma redução da dívida, o que poderá ser feito através da ajuda das economias mais fortes e de perdões parciais impostos aos credores privados, que terão de se contentar com receber menos em troca de receber alguma coisa. Só que realismo é coisa que não parece abundar.




22 de Maio de 2011
Titulo curioso do Diário Digital:


Política
     
domingo, 22 de Maio de 2011 | 12:01
   
PS: PSD e CDS disputam título de quem é mais sectário
Onde está ":" deve ler-se ","






18 de Maio de 2011


Do blog Anónimo do Séc. XXI recortei o seguinte:


Angela Merkel
candidata a primeiro-ministro de Portugal?


Segundo o Jornal de Negócios (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=485241), a chefe do governo alemão exige que o número de férias e a idade de reforma de Portugal e dos restantes países periféricos sejam iguais às da Alemanha. A tentação imperial alemã assume novo patamar.
(...)
Estamos perante a intenção de garantir que estes países forneçam mão-de-obra barata e precarizada (para ser ainda mais barata) para a produção que não compensa realizar no centro da UE e que ainda não pretendem que seja transferida para outras regiões do mundo. E em simultâneo pretendem garantir que a banca e o grande capital alemão obtenham elevados lucros com a intervenção (que apelidaram de ajuda!) junto destes países.
Mas estará Angela Merkel a dizer alguma novidade que não esteja já prevista nas linhas ou nas entrelinhas do memorando? Claro que não! E perante este tipo de declarações o que diz o PS, o PSD e o CDS, os partidos do programa comum?»




13 de Maio de 2011


São negativas as perspectivas dos analistas sobre os dados que hoje serão divulgados pelo INE.
Notícia da RR 13/05/2011


O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje os dados sobre a economia portuguesa e antecipa-se já uma nova contracção do PIB. Com dois trimestres consecutivos com crescimento negativo, deve confirmar-se que Portugal já entrou oficialmente em recessão, mesmo antes das medidas de austeridade previstas no acordo com a “troika”.
No último trimestre de 2010, o PIB recuou 0,3%. 



Meu comentário:
Como podia Portugal deixar de entrar em recessão se o dinheiro que deveria ser canalizado para investimentos no apoio à produção está a ser desviado para pagar as dívidas dos bancos ?
Ganham os bancos perdem as empresas e a nossa produção. Cada vez temos que comprar mais ao estrangeiro e pedir novos empréstimos para pagar os empréstimos já pedidos. 

11 de Maio de 2011
O medo da Europa dos Bancos
Do Jornal online Agência Financeira recortei o seguinte:

Os gestores de fundos de investimento gregos alertam para os estragos que aconteceriam a uma economia já em situação difícil caso haja uma reestruturação da dívida do país, considerando que, acontecendo, seria devastador para a economia da Grécia.

«Neste momento a reestruturação da dívida não deve, nem pode, acontecer», afirmou Aris Xenofos, presidente da associação helénica de gestores de fundos e de activos, citado pela agência Bloomberg.

O responsável acrescentou que «seria devastador para a economia grega, provocando estragos no resto da União Europeia e no euro».

As taxas de juro da dívida grega e o custo dos seguros da dívida helénica subiram para máximos históricos devido à especulação de que será feita uma reestruturação da dívida ou que serão prolongados os prazos de reembolso da mesma.

A Grécia está a usar o apoio financeiro de 110 mil milhões de euros que recebeu no ano passado da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), bem como as vendas de bilhetes do Tesouro helénicos, para assegurar as suas necessidades de financiamento ao longo de 2011.

No acordo estabelecido com as autoridades internacionais, ficou estipulado que a Grécia deverá voltar aos mercados em 2012 e refinanciar, pelo menos, 75 por cento da sua dívida de médio e longo prazo.

Verifico eu que:  estas preocupações surgem dos representantes dos Bancos. Aliás a frase de Aris Xenofos, presidente da associação helénica de gestores de fundos, é bem reveladora. Perde o seu grande negócio. Sempre ouvi dizer que quando a economia vai mal os bancos vão bem e que quando a economia vai bem e não precisa de empréstimos os bancos vão mal.

Pergunto eu: 
Quem são "as autoridades internacionais" que dizem o que a Grécia tem que fazer?
Se a Grécia está a viver há um ano a cumprir as orientações da Troika de lá porque é que está pior do que estava?

Alerta:
Depois não venham dizer que não sabiam!




30 de Abril de 2011
Que Concurso é este ?


Veja este concurso anunciado no dia 30 de Março pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Concurso para
 "Aquisição de serviços de elaboração de propostas de decisão de propostas de
contra ordenação".(???)
Assim mesmo, tal qual.
Por acaso entende que concurso é este e para quê? É que tem como preço base 1,200,000.00 euros!!!


Clique aqui para ver Concurso Público


23 de Abril de 2011
Do:
Manifesto: Filhos de abril alertam para “retrocesso democrático”
Recortei esta passagem final:
(...)
Por fim, o terceiro e mais inquietante eixo desta ofensiva anti-Abril assenta na imposição de uma ideia de inevitabilidade que transforma a política mais numa ratificação de escolhas já feitas do que numa disputa real em torno de projectos diferenciados. Este discurso ganhou terreno nos últimos tempos, acentuou-se bastante nas últimas semanas e tenderá a piorar com a transformação do país num protectorado do FMI. Um novo vocabulário instala-se, transformando em "credores" aqueles que lucram com a dívida, em "resgate financeiro" a imposição ainda mais acentuada de políticas de austeridade e em "consenso alargado" a vontade de ditar a priori as soluções governativas. Esta maquilhagem da língua ocupa de tal forma o terreno mediático que a própria capacidade de pensar e enunciar alternativas se encontra ofuscada. Por isso dizemos: queremos contribuir para melhorar o país, mas recusamos ser parte de uma engrenagem de destruição de direitos e de erosão da esperança. Se nos roubarem Abril, dar-vos-emos Maio! 



12 de Abril de 2011

"Mergulhou na lama a palavra cidadania"
O mandatário de Fernando Nobre nas presidenciais acusou o candidato de “mergulhar na lama a palavra cidadania”. "A curto prazo podem os aparelhistas partidários esfregar as mãos de contentes com este balão de oxigénio para estancar a própria reflexão e renovação no interior dos partidos, que a expressão da votação numa candidatura de Cidadania provocara", afirmou Jorge Castro Guedes, acrescentando que “a onda de esperança e movimentos de cidadania que, desde 23 de janeiro, se desenvolveu na sociedade portuguesa acaba de sofrer um enorme abalo".

O Encenador do Centro Dramático de Viana vai mais longe e afirma que Fernando Nobre "não tinha o direito" de "usar a bandeira do Humanismo na presunção de que iríamos agora todos feitos parvos atrás de um qualquer eleito por desígnio".

Termina lembrando que "os atos ficam com quem os pratica" e que não está arrependido do apoio dado nas presidenciais (...) "O único erro foi de casting: o protagonista, afinal, pertencia a uma farsa" rematou. 



Democracia? Fernando Nobre impede as críticas no Facebook

Da RTP:
    

O antigo candidato à Presidência da República que mantinha uma página na rede social conhecida como Facebook que tinha mais de 40 mil seguidores – na linguagem da rede “amigos” – viu rapidamente no dia do anúncio a sua página encher-se de críticas de todo o tipo e forma. 

Muitos foram efetivamente os que nessa rede social onde outrora escreveram mensagens de apoio e de incentivo escreviam agora mensagens de crítica, de desilusão, e mesmo insultuosas para a honra mais que não seja política do presidente da AMI.

Tal foi a intensidade das críticas que Fernando Nobre se viu forçado a fechar a página que no momento presente já não pode ser encontrada por um qualquer utilizador da rede social.



Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Ver aqui

11 de Abril de 2011
  
Fernando Nobre, PSD e PS


Do DN:
   
O líder da bancada social-democrata, Miguel Macedo, considerou hoje, segunda-feira, que as reacções à escolha de Fernando Nobre para candidato a deputado e a presidente da Assembleia da República pelo PSD mostram que esta foi "acertada".


Do jornal expresso:

Fernando Nobre "começou já a vencer José Sócrates, pois não restam dúvidas de que Fernando Nobre tinha sido convidado pelo PS, mas cujo convite rejeitou. 
Almoçou diversas vezes com José Sócrates, mas não foi convencido !"



Da RTP:
  

Alegre aponta dois equívocos na escolha de Fernando Nobre pelo PSD

Em declarações à Antena1, o socialista Manuel Alegre comenta o facto de Fernando Nobre ter sido escolhido pelo PSD para ser cabeça de lista por Lisboa nas eleições legislativas de 5 de junho e vir a ser o indicado pelo partido para presidente da Assembleia da República alertando para dois equívocos. Para além de Alegre acreditar que muitos dos eleitores que votaram em Fernando Nobre nas eleições presidenciais não o vão voltar a fazer, o antigo deputado lembra que não há uma eleição direta do presidente da Assembleia da República.

2011-04-11 13:26:48

E no DN:
Manuel Alegre:

Em declarações à TSF esta segunda-feira, o socialista lembrou que o ex-candidato à presidênca já apoiou o BE, o PSD e o PS. E recordou que a presença de Fernando Nobre nas listas do PSD "é um motivo de reflexão para os socialistas e outros eleitores de esquerda que lhe deram o seu voto" nas presidenciais.
Alegre acrescentou ainda que os "independentes socialistas, bloquistas e outras pessoas que votaram" em Nobre "não vão agora enganar-se outra vez e votar no PSD" e que com esta atitude o médico mostrou não ter "bem a noção do que é ser presidente da Assembleia da República".




Do Público:

O histórico do PS Edmundo Pedro chamou hoje “troca-tintas” a Fernando Nobre, cuja candidatura independente à Presidência da República apoiou nas últimas eleições de Janeiro.


Da RTP
  
Helena Roseta considera que o convite do PSD a Fernando Nobre é uma fraude e um equívoco. A vereadora da autarquia de Lisboa critica Nobre por se associar ao PSD depois de se ter candidatado à Presidência da República como independente e critica o partido por acreditar que pode oferecer o lugar de presidente da Assembleia da República a alguém.


Do Jornal a Bola:
    
Admitiu que pudesse vir a ser incompreendido pela sua decisão e acertou. A página de Fernando Nobre na rede social Facebook está repleta de críticas pelo facto de o ex-candidato presidencial ter aceitado o convite do PSD para ser cabeça-de-lista por Lisboa e candidato a presidente da Assembleia da República. 

«Votei em si para PR. Julgava-o diferente dos outros. Afinal é igual. Ou, quem sabe até pior. Não tinha necessidade....», afirma um dos muitos seguidores de Nobre no Facebook, que agora se mostram desiludidos e indignados com a sua decisão. 

«O que terá seduzido o dr. Nobre no PSD actual? A intenção de aumentar o salário mínimo, de acabar com os recibos verdes, tornar os despedimentos mais difíceis e caros para os patrões, aumentar as reformas de miséria, diminuir as taxas do IVA (o imposto mais cego e injusto), instituir um imposto justo sobre os lucros dos bancos e aumentar imposto sobre os rendimentos, acabar com os paraísos fiscais, combater a corrupção e a economia paralela?», questiona outra cibernauta.



8 de Abril de 2011

Escolher o lado certo da luta

"O apoio ao PCP e à CDU dará mais força a um caminho de luta que exprima, também pelo voto, a exigência de uma mudança profunda na vida nacional: libertar Portugal da política de direita e construir de forma empenha os caminhos que dêem corpo a uma política patriótica e de esquerda que enfrente os diversos défices estruturais, aposte no desenvolvimento económico e social e na soberania nacional" diz Fernanda Mateus no Jornal Avante.


7 de Abril de 2011

Do blog Resistir.info recortei:


A rede Al Qaeda como instrumento de intervenção dos EUA-NATO 


Amplamente documentada, a "Jihad islâmica" foi apoiada encobertamente pela CIA desde o desencadeamento da guerra soviético-afegã. (Ver Michel Chossudovsky, America's War on Terrorism, Global Research, Montreal, 2005). A Central Intelligence Agency (CIA) utilizando a Inter-Services Intelligence (ISI) dos militares do Paquistão desempenhou um papel chave no treino dos Mujahideen. Por sua vez, o treino de guerrilha patrocinado pela CIA foi integrado com os ensinamentos do Islão:
"Em Março de 1985, o presidente Reagan assinou a Decisão Directiva de Segurança Nacional 166, ... [a qual] autoriza um avanço na ajuda militar encoberta ao Mujahideen e deixava claro que a guerra secreta afegã tinha um novo objectivo: derrotar as tropas soviéticas no Afeganistão através da acção encoberta e encorajar a sua retirada. A nova assistência encoberta dos EUA começou com um aumento dramático nos fornecimentos de armas – uma ascensão firme para 65 mil toneladas anuais em 1987, ... bem como um "fluxo incessante" de especialistas da CIA e do Pentágono que viajavam para a sede secreta do ISI do Paquistão na estrada principal próxima a Rawalpindi, Paquistão. Ali os especialistas da CIA encontravam-se com oficiais da inteligência paquistanesa a fim de ajudar a planear operações para os rebeldes afegãos". (Steve Coll, Washington Post, July 19, 1992).


6 de Abril de 2011

Do blog Resistir.info recortei:

OS DIREITOS HUMANOS NOS EUA
O soldado Bradley Manning — acusado de transmitir documentos à WikiLeaks — foi declarado "inimigo" dos Estados Unidos.
As altas patentes americanas consideram um crime denunciar os crimes da sua tropa e ele será submetido a julgamento em tribunal militar.
Desde Agosto de 2010 está encerrado numa cela de 3 x 2 metros, sem luz natural, durante 23 horas por dia.
Até agora podia estar vestido na sua cela, mas o regime foi agravado e doravante tem permanecer nu. 


2 de Abril de 2011


Privatizações e agravamento da dívida de Portugal


Do Jornal Avante retirei o seguinte:


«Quando as privatizações se iniciaram formalmente em 1989, a dívida bruta do Estado representava 54,3 por cento do nosso PIB, hoje representa 82,3 por cento. Isto é, 22 anos depois do início das privatizações, depois de se ter arrecadado 36 mil milhões de euros, a dívida pública quase duplicou em relação a 1989.»
  
e ainda:
  

«cerca de metade do capital accionistas da Galp,PTEDPBCPBESSantander TottaBPI e BRISA estar nas mãos de estrangeiros, que, naturalmente, repatriam os dividendos que auferem.
Assim, verifica-se que as privatizações não só retiraram ao Estado uma importantíssima fonte de receitas mas também caucionaram a permanente sangria de capitais (estimados em 20 mil milhões de euro por ano!) que, em vez de serem reinvestidos na economia, saem do País como rendimentos pagos ao exterior.»





21 de Março de 2011
Do Blog "Expresso Vermelho" recortei:



O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.




Do Blog "As palavras são armas" recortei:



Os libertadores fazem-se sempre anunciar por bombardeios “cirúrgicos” que não deixam de causar danos “colaterais”. Esta é a linguagem desde há muito usada no Kosovo, Iraque, Afeganistão ou onde quer que cheguem os opressores.
Hoje é dia de festa para toda a canalha a soldo do imperialismo ianque. Nas cervejarias em Estrasburgo lá se encontrarão face a face, lado a lado os adoradores de guerras, os sequiosos de sangue que votaram pela chacina. Três novas canecas se erguem para celebrar o macabro acontecimento; a dos três deputados do Bloco que se faz passar como sendo de esquerda.
E pela porta da liberdade aberta ao povo líbio já começaram a circular os caixões.

Do Blog "Cravo de Abril" recortei: 


Sobre a Líbia, o Conselho de Segurança (CS) da ONU fez o que o Governo dos EUA mandou:
aprovou aquilo a que eufemísticamente chamou a «adopção de todas as medidas necessárias para proteger civis...».Tal expressão, devidamente traduzida, significa que o CS deu luz verde para que os criminosos do costume - EUA, Grã-Bretanha, França... - iniciem, quando quiserem, o bombardeamento da Líbia.

Bombardeamento «para proteger civis»?
Não:
(...)
bombardeamento que vai proteger, sim, os interesses do imperialismo na Líbia e na região.

(...) É a hipocrisia no seu máximo esplendor!

(na AR, Francisco Louçã criticou hoje o Governo por, no CS da ONU, ter votado a favor da decisão de bombardear a Líbia. Critica justa mas hipócrita, se tivermos em conta que os deputados do BE no Parlamento Europeu votaram exactamente no mesmo sentido)



14 de Março de 2011
Em conversa com amigos fui alertado para não perder o Documentário Inside Job (Trabalho Interno)


Do blog Metido a Crítico, retirei estes fragmentos:

Trabalho Interno é um documentário sobre a crise financeira mundial de 2008 que concorre ao Oscar de Melhor Documentário e é, aparentemente, o favorito. Devo dizer(...) que o filme merece os elogios que vem recebendo e, se receber o prêmio, ele será (...) merecido.


Ferguson pontilha seus comentários e aulas de economia "for dummies" com entrevistas editadas de maneira esperta, que evitam longos discursos dos entrevistados. Ele entrevista desde a cafetina de um bordel de luxo especializado em clientes de Wall Street até a Ministra de Finanças da França, passando por professores de Harvard, o mega-especulador George Soros e ex-membros do Tesouro dos Estados Unidos. Ele não deixa ninguém escapar e, muitas vezes, ele dá uma de Michael Moore e cutuca veementemente os entrevistados, com resultados constrangedores e incrivelmente alarmantes. Mas fiquem tranqüilos que o estilo Moore de ser aparece poucas vezes e de maneira muito requintada, quase que perfeitamente natural nas entrevistas. Prestem atenção especialmente nos professores de economia que recebem dinheiro para escrever teses dizendo que tudo está uma maravilha. São momentos imperdíveis de tragicomédia.


Atualíssimo e narrado por Matt Damon, Trabalho Interno é um filme obrigatório para todos nós que queremos entender um pouco do tamanho do problema ao nosso redor para nos preparar para o que ainda está por vir. Afinal, em tese, pelo jeito que as coisas estão andando, esse documentário terá continuação...





6 de Março de 2011
Professores vítimas de uma política do
"salve-se quem puder"

Do i online, recortei este fragmento:
 
A competição entrou nas escolas. Os professores brigam para conseguirem subir na carreira. Colegas avaliam colegas a competir pela mesma vaga. Quem dá aulas de História avalia quem dá aulas de Filosofia. Licenciados em Inglês avaliam licenciados em Francês. Directores com formação em Matemática ou em Biologia obrigados a avaliar coordenadores de Geografia, de Português e quem mais tiver de ser. Avaliadores submersos em fichas de avaliação, relatórios de auto-avaliação, aulas assistidas, reuniões ou entrevistas com os que se candidatam às notas mais altas - Muito Bom e Excelente. Avaliados ressentidos e avaliadores atormentados.

O meu comentário: A política que a direita fomenta, pois é o terreno que lhes convém, - como se diz no futebol "jogam em casa" - é o do dividir para reinar, do salve-se quem puder, da competição em que ganha o mais forte ou o que tem mais "cunhas", é a política da ausência de valores. O Deus da direita é o Dinheiro, todo poderoso, conseguido à custa da exploração de outros.

5 de Março de 2011

Estamos em tempo de parvoíces para enganar parvos


Do jornal da SIC de hoje recortei:
O antigo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) afirmou que o Conselho Europeu de 24 e 25 de março não será o "dia D" para os portugueses.

"O papel da Europa é acordar-nos. Temos de contar connosco próprios, não devemos pedir ajuda", disse Van zeller, acrescentando que mesmo que esta chegasse agora "não ia corrigir o problema de consumirmos mais do que o que produzimos". 

Os meus comentários:
Quando foi o tempo da decisão da adesão de Portugal à CEE na altura, tudo eram facilidades. Houve muitos, mas não os suficientes, que desconfiaram de tanta fartura, de tanta dádiva. Era a Europa da coesão social, a Europa da ajuda, da solidariedade, a uma só velocidade e não a duas velocidades, a oportunidade de nos juntarmos aos ricos. De facto era muita fartura. Logo a seguir vieram as regras (dos ricos) a que tínhamos de obedecer. Houve mais gente a desconfiar.
Era o tempo de serem os outros a mandar em nós mas, para nosso bem, claro! Com essas regras, vieram os subsídios para abater a frota pesqueira, para abater as oliveiras, para destruir as vinhas, para acabar com boa parte da agricultura.
Logo a seguir vieram as multinacionais instalar-se cá, para vender o que deveríamos ser nós a produzir.
Ficámos com 700.000 desempregados. Arruinámos a nossa produção.
Vem agora um senhor, que pelos vistos não é nada parvo e diz:
"O papel da Europa é acordar-nos. Temos de contar connosco próprios, não devemos pedir ajuda" e depois acrescenta que afinal nós produzimos menos do que consumimos. Agora é tempo de só comer aquilo que nos permitiram que produzíssemos. E esse senhor Zeller comerá apenas aquilo que produz?




2 de Março de 2011
Que parvos somos...




A propósito de comentários feitos neste blogue, quando dei nota das reações a um editorial, num jornal, vi um texto de Paulo Anjos no blogue "Praça do Bocage" que reaje à polémica gerada pela música dos Deolinda. Do texto, resolvi recortar o seguinte: 


O problema, claro está, não reside nas boas intenções do grupo, (Deolinda) mas sim na forma como os portugueses reagem aos problemas, na forma como lhes dão atenção, ou melhor, na forma, artificial, como a agenda mediática acolhe determinados temas.


O drama da precariedade laboral, alimentada por recibos verdes e mal pagos e por estágios não remunerados, é um tema presente na sociedade portuguesa há muitos anos, um tema que os sindicatos, em especial, têm feito um enorme esforço para colocar na ordem do dia. O problema não é novo, nem sequer é exclusivo desta geração, e nem por isso mereceu noutras alturas a atenção que agora merece dos media.


A música dos “Deolinda” acaba, também, por ser o pretexto para exercícios de uma hipocrisia sem limites. 
(...)
E, contudo, ainda bem que finalmente se consegue fazer uma discussão alargada em torno da precariedade sem que, de imediato os media a desvalorizem por ser coisa de sindicatos ou de partidos de esquerda.


Felizmente, não pode haver parvoíce que dure sempre…




28 de Fev.
Do Blogue "Olhar à esquerda" recortei esta noticía e vídeo comemorativo dos 50.000 visitantes daquele blogue. Parabéns Juvenal.


“A GUERRA QUE VOCÊ NÃO VÊ”




e que é a mais extraordinária revelação da manipulação que tem servido de base á mais demolidora máquina de propaganda, que até aos dias de hoje tem servido os interesses do Capital.











17 de Julho de 2011


Bradley Manning, o soldado acusado de ter sido a fonte do WikiLeaks foi preso há um ano, e continua sem julgamento. “A nossa grande batalha está ainda a decorrer nos Estados Unidos, atrás das grades”, disse o fundador da WikiLeaks”, Julian Assange, referindo-se a Manning.


O soldado acusado de ser a fonte do Wikileaks, Bradley Manning, passa 23 horas por dia fechado numa cela em condições comparáveis a tortura. Depois da ONU, é agora a vez de 295 juristas de várias instituições condenarem a sua prisão.



Uma Carta Aberta publicada no jornal New York Times foi a forma escolhida por 295 juristas americanos de várias instituições académicas para condenarem as condições em que se encontra detido o soldado acusado de ser a fonte do Wikileaks.
Na Carta publicada no jornal de referência norte-americano os juristas afirmam que as condições em que Manning se encontra detido violam a Oitava Emenda, que proíbe o castigo cruel e a Quinta Emenda que proíbe punição sem julgamento. Os subscritores da Carta criticam ainda a postura do Presidente Barack Obama por não se opor às condições de detenção do soldado, uma vez que foi professor de direito constitucional.
Bradley Manning encontra-se detido numa prisão de segurança máxima no estado da Virginia, onde passa 23 horas por dia em regime de isolamento, numa cela de seis metros quadrados, sendo obrigado a responder de 5 em 5 minutos às questões colocadas pelos guardas prisionais.

Ao longo de mais de 4700 páginas, os documentos agora tornados públicos confirmam os abusos à Lei Internacional a que estiveram sujeitos as centenas de pessoas detidas na base americana em Cuba, incluindo doentes psiquiátricos, idosos com demência e adolescentes.
Dos registos agora conhecidos, fazem parte as fichas de 759 prisioneiros, dos quais 170 ainda permanecem na prisão. Do total dos prisioneiros a que os documentos referem, 150 eram comprovadamente inocentes e 380 não tinham qualquer relevância para o combate ao terrorismo.
Segundo notícia o diário “El País”, 143 pessoas estiveram detidas durante mais de nove anos, não conhecendo muitas delas os motivos da sua detenção. Reveladas foram também as situações de pessoas que estiveram presas durante dois anos apenas por terem o mesmo nome que um comandante talibã, ou o caso de presos de alto risco que foram libertados, como Abdullah Mehsud, extremista talibã que cometeu atentados após a sua libertação de Guantánamo.
Recorde-se que a Administração de Barack Obama se comprometeu com o encerramento da prisão de Guantánamo e dois anos após a sua eleição, continua por encerrar. A revelação destes documentos surge numa altura em que já é conhecida a intenção de Barack Obama em de se recandidatar em 2012.
Operacional da Al-Qaida era também operacional dos serviços secretos ingleses
De acordo com os documentos agora tornados públicos, um operacional da Al-Qaeda acusado de ter colocado bombas em duas igrejas católicas no Paquistão, Adil Hadi al Jazairi Bin Hamlili, cidadão argelino, seria ao mesmo tempo um operacional dos serviços secretos ingleses, o MI6.
Segundo os operacionais da CIA que conduziram os interrogatórios a Bin Hamlili, este seria também um operacional dos serviços secretos ingleses e canadianos, sendo considerado um perigo para os Estados Unidos da América e para os seus aliados.






25 de Fev.

Líbia: O que está para além da crise



De OUTRAS PALAVRAS Ponto de Cultura recortei esta notícia que me pareceu nalguns aspectos interessante e que é uma visão diferente da que anda a ser difundida por órgãos de informação que falam pela voz do dono, da especulação e da visão única que procura aproveitar os justos conflitos dos povos para dividir, para dominarem os recursos de muitos países que o imperialismo considera estratégicos.

Diz Hugo Albuquerque, que é um equívoco relacionar os conflitos sociais do Mundo Árabe, com as condições de vida das pessoas. E explica: "nem a Tunísia, tampouco os países afetados pelo efeito dominó, são os mais pobres, desiguais ou politicamente opressivos do continente africano ou do mundo, embora eles sejam pobres, desiguais e opressivos. Antes de mais nada, é preciso ponderar o que disparou essa fantástica explosão do desejo e entender como ele interferiu no campo social." Analisa factores demográficos - grande número de jovens - que provocaram "a irrupção, finalmente, de um modelo de militância capaz de fazer multidão, alternativo ao enferrujado nacionalismo árabe ou ao fundamentalismo islâmico e suas ambiguidades — conseguiram reverter um quadro que, há pouco menos de um ano, era de mais perfeita servidão". Seguidamente recorda que a Líbia é o "país com as melhores taxas de qualidade de vida da África — iguais aos dos melhores países latino-americanos —,  onde o extremismo religioso amarga a irrelevância e em relação ao qual os analistas internacionais supunham que jamais seria afetada pelas atuais circunstâncias. No entanto, a Líbia se vê diante de uma revolução que vem a se unir com a multiplicidade de revoluções do continente. A tirania local sob o comando do controverso coronel Gaddafi mistura socialismo autoritário do Leste Europeu, em moldes árabes, com um bocado do nacionalismo nasserista e boas doses de histrionices. Neste exato momento, essa tirania tem protagonizado a mais dura reação vista à Revolução Árabe até agora, ao mesmo tempo em que desmistifica a lenda da viabilidade da “boa ditadura”: regime opressivo que produziria boas “condições objetivas” de vida".
Trata-se de uma opinião com que não concordo totalmente pois esquece a luta de classes em que a sociedade actual vive. Seria utópico pensar na possibilidade de um socialismo que não fosse autoritário para com os que pretendem explorar as classes trabalhadoras. A análise terá que ser feita em função do desempenho desse "objectivo de socialismo". Terá havido a participação e o controlo das classes trabalhadoras? Não basta dizer-se que se é socialista. É preciso que a prática leve a que o povo e a classe trabalhadora, tomem a direcção do processo.

Portanto o que está em causa é o autoritarismo desligado do povo. Aliás, Hugo Albuquerque, dá-nos essa pista ao dizer que nesse socialismo "se é que podemos considerá-las como um socialismo, haja vista que não são os trabalhadores que controlam os meios de produção" conclui portanto que a reacção popular é mais de natureza libertária.

Confirma essa natureza de socialismo ao esclarecer que "Embora a ditadura de Gaddafi tenha sido reabilitada pelo Ocidente — seja por ter aderido à Guerra ao Terror norte-americana, seja pela repressão dos imigrantes no Mediterrâneo ao lado dos europeus —, a revolta reforça que os árabes não estão mais dispostos a tolerar nem o imperialismo, nem as degenerações autoritárias “contra-hegemônicas”, que surgiram em sua decorrência — reconciliadas ou não com o Ocidente".

Hugo Albuquerque termina o seu artigo com um certo optimismo "Se a situação de submissão real daqueles países ao sistema internacional não será mais tolerada, também não há espaço para um novo Nasser (e muito menos para um novo Sadat) , o que é maravilhoso". e ainda: "Apesar de tudo, o desafio dos revolucionários líbios ainda é enorme, face à brutalidade da repressão. Seja como for, nada será como antes e é isso que importa". Concordando que nada será como dantes, e não querendo também incorrer no erro de uma visão pessimista, pelo que se vê da movimentação da CIA, do imperialismo e da sua força armada NATO, e sabendo nós a debilidade que existe nas organizações da classe trabalhadora, tenho fortes receios que os revoltosos possam sucumbir ou ser conduzidos a caminhos que abram as portas a novos tipos de ditaduras com base na exploração económica desses países.

17 de Fev.

Também do Jornal Avante, recortei este pedaço da Opinião de José Casanova:

Sem surpresa

Os média dominantes, na sua generalidade, silenciaram o aniversário do Avante!

O ódio de classe é assim, pelo que não há razão para surpresas.

Surpresa seria – e grande – se o aniversário do órgão central do Partido Comunista Português – que orgulhosamente ostenta no seu cabeçalho a foice e o martelo e a consigna Proletários de todos os países, UNI-VOS!… – tivesse sido tratado de forma diferente da que foi pelos jornais que são propriedade dos grandes grupos económicos e financeiros…
(...)
E se a tudo isto – e a muito mais que não vale a pena lembrar – acrescentarmos o facto de o Avante! ter sido o único jornal que nunca se submeteu à censura fascista – e que, assim, fez da sua longa existência um caso de afirmação concreta de liberdade de informação assumida – não é difícil concluir que o órgão central do PCP constitui um caso singular na história da imprensa portuguesa e da luta pela liberdade de informação.

Enfim, tudo coisas em que os média dominantes nem querem ouvir falar. Nem falam.

Enfim, tudo razões mais do que suficientes para o silenciamento do 80.º aniversário do Avante! por parte desses paladinos da liberdade de informação que são os média da desinformação organizada.



Holofotes

Com o título de Holofotes Publicou o Jornal Avante um comentário do dirigente comunista Vasco Cardoso e do qual recortei o seguinte:

Em poucos dias, com o anúncio da abstenção do PSD e do CDS – e apesar de ainda não se conhecer o conteúdo da dita – a Moção de Censura ao Governo que o BE apresentou, morreu.
(...)
O oportunismo de quem, após afirmar que uma Moção de Censura não teria «utilidade prática», quatro dias depois estava a anunciar uma Moção de Censura em pleno debate com o Primeiro-Ministro.

O oportunismo de quem anunciou uma Moção de Censura a um mês (!!!) de distância da sua discussão e votação na Assembleia da República, acalentando com isso a indisfarçável esperança de polarizar a discussão política e concentrar em si os holofotes.

Significa isto que o Governo PS e a política de direita não merecem censura? Claro que merecem. (...) O Governo PS e a política de direita, da mesma forma que contam com o apoio e o aplauso dos grupos económicos e financeiros, merecem a censura dos trabalhadores, da juventude e do povo.

Uma censura feita nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas e potenciada na Assembleia da República. Uma censura para travar este governo, para dar força à luta, para impor uma ruptura com a política de direita. Uma censura a sério.


16 de Fev.
Do Jornal L'Humanité

Tunísia: "Contra aqueles que querem um simples liberalização da ditadura ..."


Hamma Hammami porta-voz do Partido Comunista dos Trabalhadores da Tunísia, e sua esposa, Radhia Nasraoui, advogada e ativista dos direitos humanos, apelam para a formação de uma Assembléia Constituinte como a única maneira de mudar radicalmente o sistema.

Um mês após a fuga de Ben Ali, a situação permanece extremamente tensa na Tunísia. Em Kef, cidade de montanha, a revolta começou quando dois manifestantes foram friamente baleado por um policia do antigo regime. Na área mineira de Gafsa, os desempregados decidiram bloquear as atividades da Sociedade de fosfatos exigindo trabalho. 

Embora a ditadura tenha caido, as estruturas permanecem as mesmas. O que me tranquiliza é a continuação da mobilização popular. Há manifestações de rua e greves com exigência de políticas sociais, diz Hamma Hammami.

A população sabe que, no momento, não há verdadeira ruptura, mas uma simples liberalização da ditadura. Os mesmos continuam à frente dos mídia. A polícia política ainda não foi dissolvida. 

Em 23 anos de reinado de Ben Ali, houve um empobrecimento geral dos trabalhadores, artesãos, pequenos comerciantes ... o custo de vida tornou-se insuportável, não só para os desempregados, mas para todos os trabalhadores. 


12 de Fev.


Do blogue "Relógio de Pêndulo" recortei estes fragmentos de texto, comentando a vitória do povo no Egipto e que me mereceram especial atenção:

"De forma inesperada, a história persegue seu curso. E se há outra lição a recolher dos acontecimentos actuais, será a de que a corrente da vida galga as margens. E que as “revoluções” não se decretam, nem muito muito menos se traçam a régua e esquadro, ou obedecem a figurinos. E se é verdade, que por vezes “basta uma fagulha para incendiar a pradaria”, também é verdade que o fogo segue sempre a direcção do vento, por natureza incontrolável…"

E no final dos comentários, diz o Herético:

"O governo dos EUA proclama que, no Egipto, se deve proceder a uma “transição democrática e pacífica” e logo a UE afina pelo mesmo diapasão, sobe uns decibéis, e sustenta ser necessário que se proceda a uma “transição pacífica e ordeira”.
Parece óbvio, que para além dos sonoros (e apelativos) adjectivos, qualquer das “transições” almejadas pelos EUA ou pela EU, se resumem ao seguinte: manter Mubarak no Egipto e, se tal não for possível, como se presume, substituí-lo por um qualquer outro de fachada democrática."


11 de Fev.
Hoje os blogues, jornais e outros meios de comunicação, concentraram as atenções na demissão de Mubarak.
do blogue http://gaza-peace-n-freedom.blogspot.com/2011/02/declaracion-del-partido-comunista.html
retirei este pedaço:

TUESDAY, FEBRUARY 1, 2011

Declaración del Partido Comunista Egipcio desde Plaza Tahrir, 01 de febrero 2011

Hoy se envió un mensaje al Partido Comunista Libanes del Partido Comunista Egipcio, directamente desde la plaza Tahrir. Esta publicado en original arabe acá. Abajo hay una traducción inoficial al castellano, hecho por este blog:

Declaración emitida por el Partido Comunista Egipcio

La revolución continuará hasta que se cumplen las demandas de las masas



El momento de la verdad se acerca. Este es el momento decisivo para las fuerzas populares para el cambio de Egipto, para derrocar al régimen de Mubarak. Parece que los imperialistas, y sus amos estadounidenses en particular, están levantando las manos de él después de la continuación de la revolución en todas partes de Egipto.


Hoy, millones emergen para exigir la demisión de Mubarak. Van a evitar y superar todas las conspiraciones del dictador y su banda de espías para frustrar la revolución.


La formación de un comité, que goza de la confianza del pueblo y los manifestantes, es crucial para alcanzar las demandas de la revolución política, económica y social, y hacemos énfasis en las demandas básicas presentadas por las fuerzas nacionales a los diputados del parlamento popular :


1 Demisión de Mubarak y la formación de un consejo presidencial para un período transitorio de duración limitada


2 La formación de un gobierno de coalición para administrar el país durante el período transitorio


3 Convocar a la elección de una asamblea constituyente para redactar una nueva constitución para el país basado en el principio de la soberanía naciónal y asegurar la devolución del poder en el marco de un estado civil democrático y justo.


4 Enjuiciar a los responsables de cientos de muertos y heridos de mártires revolucionarios y víctimas de la opresión, así como velar por el enjuiciamiento de los responsables del saqueo de las riquezas del pueblo egipcio.


5 ¡Viva la revolución del pueblo egipcio!


01 de febrero 2011 - El Cairo



6 de Fev.
Do blogue Entre as Brumas da Memória recortei este fragmento de um texto que tem por título:


A geração rasca

Como é explicado este termo foi utilizado no editorial do jornal Público há cerca de dezoito anos. Diz Joana Lopes:

«Há mais ou menos dezoito anos, um editorial deste jornal teve a ideia de chamar “geração rasca” aos jovens que na altura tinham mais ou menos dezoito anos. A geração — essa geração, a minha — nunca mais conseguiu esquecer. Com toda a ambiguidade, levámos o nome a peito: ficámos ofendidos com ele, um pouco envergonhados sim, muito irritados também, mas fizémo-lo nosso sobretudo, tentando dar-lhe a volta (a “geração à rasca”) às vezes. Recusámo-nos sempre, sabe-se lá porquê — porque era injusto, digo eu —, a largá-lo.
E nestes anos todos, de forma passiva, cabisbaixa e rotineira lá fomos aceitando mais um estágio, mais um subemprego, mais uma caderneta de recibos verdes, mais um mês no call center, ou — pior ainda — um telefonema do call center a dizer que afinal não precisamos de ir neste mês nem nos seguintes.»


Posto isto, ou como se usa nestes casos, postado isto, Joana Lopes "posta" também uma canção de Deolinda que vem mesmo a propósito:



Por ordem dos donos do Mundo... 

Egipto: Transição deve ser feita com Mubarak, diz enviado de Obama

Por Redacção (do Jornal a Bola)

Apesar de não ser essa a vontade dos manifestantes egípcios, o enviado do presidente norte-americano ao Egipto, Frank Wisner, afirmou este sábado que a transição política para a democracia no país deve ocorrer com o Presidente Hosni Mubarak.

... mas a dona da Europa não quer ficar atrás e diz:

A chefe do Governo alemão garantiu ainda o apoio da União Europeia (UE) às mudanças que se avizinham nos países do norte de África e ao atual movimento de protesto no Egipto.
"No Egipto haverá mudanças", afirmou Ângela Merkel, que realçou que estas mudanças devem tomar forma e que a UE está disposta a apoiar o processo de transição. 




5 Fev.
Do blogue Barreiro por Sensei

A VITÓRIA DE SUA EXCELÊNCIA O PROFESSOR DOUTOR ANÍBAL CAVACO SILVA NO PASSADO DOMINGO DIA 23 DE JANEIRO DE 2011, REFLECTE A VERDADEIRA CULTURA DESSE POVO PORTUGUÊS QUE NELE VOTOU.
AQUI FICA A DEMONSTRAÇÃO CLARA E SEM QUAISQUER DÚVIDAS DESSA CULTURA QUE SE ESTRUTURA EM 4 PILARES BEM SÓLIDOS:
  1. A MÚSICA LIGEIRA PORTUGUESA (Designada pela minoria estúpida e pouco dada à cultura como música pimba)
  2. O FUTEBOL (Verdadeira razão da existência de Portugal)
  3. A IGREJA (Acreditar que ser pobre é inevitável pois é a vontade de Deus)
  4. A TELEVISÃO (Palavra do DEUS VIVO inquestionável e fonte de toda a verdade)
Seguem-se algumas contribuições para a cultura nacional:





4 Fev.
Do blogue Cantigueiro e no dia de aniversário de Almeida Garrett recortei:


Numa passagem das suas “Viagens na minha terra”, Garrett fez uma pergunta que ficou famosa: 
«Quantos pobres são necessários para fazer um rico?»
Passados que são 157 anos sobre a sua morte, o escritor e político não precisaria de fazer esta pergunta. Bastar-lhe-ia ver os telejornais, ler jornais e olhar à sua volta para ter a sua resposta.
Veria, por exemplo, notícias de que numa altura em que entram em vigor os cortes nos salários, uma altura de tremendo desemprego, de aumentos de impostos para os mais fracos, cortes de pensões, de abono de família, de credenciais de transporte para doentes pobres, de milhares de falências de pequenas e médias empresas, de trabalho cada  vez mais precário... veria notícias, como dizia, contando que no meio de tudo isto, três bancos privados portugueses (BES, BCP e BPI) cometeram a proeza de, em 2010, verem aumentados os seus lucros, atingindo os mil milhões de euros, cerca de 2,7 milhões de lucro por dia... ao mesmo tempo que conseguiram reduzir o pagamento de IRC dos cerca de 200 milhões de 2009, o que já era pouco, para uns vergonhosamente insultuosos 35 milhões em 2010.
Almeida Garrett teria aqui uma parte substancial da sua resposta!



2 Fev.
Tunísia e Egipto
Do Blogue "As palavras são armas" fiz este recorte:

Pouco se fala na Tunísia. É uma questão arrumada. Melhor será deixar na dúvida se a revolta serviu aos revoltosos. Foi um mau exemplo e como tal deve ser silenciado.
Com milhões de egípcio na rua há já dez dias, os mídia que escrevem pela mão de Israel e dos EUA encontraram uma solução, pelo menos provisória. Deixou de haver contestação contra Mubarak, passámos a ter “conflitos” entre prós e contra Mubarak.
A Al Jazeera afirma que são polícias à paisana e as fotos que circulam apresentam os partidários de Mubarak montados em camelos e cavalos.
Do lado de cá...


Obama, com o qual tudo iria correr bem nada iria correr mal, vem-nos dizer que em Setembro tudo ficará resolvido. Os governantes de Israel, quedos e mudos como se não existissem aguardam que se apague a fogueira que têm vindo a atear. A França pretendia enviar material e técnicos anti motim para a Tunísia. A União Europeia aconselha calma aos manifestantes.
Entretanto os nossos politólogos continuam a politicar.

Isenção? Informação?

Novas regras “retiram” subsídio a 847 pessoas
Desempregados que perderam subsídio por recusarem emprego duplicaram em 2010
Era este o grande título de uma notícia importante do Jornal Público de dia 29 de Janeiro. Logo seguido do destaque:

"O Governo apertou as regras do subsídio do desemprego, limitando a possibilidade de os beneficiários recusarem ofertas de trabalho. O impacto desta medida foi evidente."


Para quem se der ao trabalho de investigar, verificara que em cerca de 700.000 desempregados no país, 847 não aceitaram as tais novas regras que fizeram duplicar o número, que pelos vistos era de cerca de 400 trabalhadores. Costumava-se dizer que um cão morder uma pessoa... não era notícia, mas que uma pessoa morder um cão já podia ser notícia. É por isso que não costumam ser notícia as grandes realizações do PCP como a Festa do Avante, coisas vulgares, tal como a existência de 700.000 desempregados em Portugal. Contudo é notícia, e pelos vistos importante que 847 trabalhadores desempregados recusaram ofertas de emprego, que pelos vistos deveriam ser bons empregos, tipo conselho de Administração da Galp ou de Motoristas para o Gabinete do Primeiro Ministro.


31 Jan.
O 11 de Setembro que não deve ser esquecido



26 de Jan. 2011

Cantigueiro

Mário Soares - Nauseabundo

O Dr. Mário Soares, quanto mais não fosse para mostrar (já não era necessário!) que as suas fantásticas “qualidades” não conhecem limites, veio, ainda com a derrota humilhante de Alegre em carne viva, declarar umas coisas que depois de traduzidas, são apenas mais um retrato feio do ódio vesgo que o move contra o poeta e ex companheiro. Claro que não lhe bastou ter patrocinado uma candidatura concorrente para lhe dinamitar a campanha. Era preciso mais! 



As palavras são armas


Os meios de Intoxicação Social


Se alguém se atreve a criticar os meios de intoxicação social atribuindo-lhe a responsabilidade que indubitavelmentelhe assiste quanto ao nosso retrocesso civilizacional, tem na sua peugada açulados pelos detentores do poder, cães-de-fila em matilha abocanhando o atrevido prevaricador.


O Tempo das Cerejas

Proposta governamental para indemnizações


... Dito isto, (Proposta governamental para indemnizações ) talvez aqueles que se obstinam em ver a vida política num sistema de caixas fechadas, ao olharem para isto, devessem ver como são cínicos, esparvoados e aéreos os seus suspiros e apelos para uma «unidade de esquerda» (esquerda em que, atenção, eles incluem o partido do governo que assina por baixo estes revoltantes e infames retrocessos).


A Política e o Pensamento das Caixas Fechadas


... o PS no Governo, dada a capa protectora de «socialista», até fez uma política mais à direita do que a própria direita teria forças para fazer.